
O Inter segue vivendo um momento de instabilidade e pressão no Campeonato Brasileiro. O empate em 1×1 com o Corinthians no Beira-Rio manteve a equipe na parte inferior da tabela e aumentou a cobrança por soluções imediatas. Uma das vozes a se manifestar foi a de Argel Fuchs, ex-técnico do clube, que participou do programa Segue o Fio, da GZH, e analisou de forma dura a fase atual.
Nos últimos 15 jogos, o Inter sofreu gols em todos, consolidando uma das piores defesas do campeonato. Mesmo com a troca de comando técnico — saída de Roger Machado e chegada de Ramón Díaz — os problemas persistem. Para Argel, a principal falha está nas laterais e no fato de o time insistir em atuar com apenas dois zagueiros, apesar das dificuldades defensivas.
Argel Fuchs defende tática com três zagueiro no Inter
Segundo ele, a mudança para um esquema com três defensores poderia trazer equilíbrio e liberar os alas para apoiar no ataque sem expor ainda mais a zaga. O ex-treinador lembrou que o próprio Ramón já recorreu à linha de três durante partidas recentes para tentar conter a pressão adversária.
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“O Inter não pode jogar com dois zagueiros. Você tem laterais que atacam, mas não conseguem marcar ninguém. É uma avenida dos dois lados. Se continuar assim, vai seguir sofrendo. Com três zagueiros, pelo menos dá sustentação defensiva e liberdade para quem precisa apoiar”, analisou Argel Fuchs no programa da GZH.
Antes da declaração, Argel havia feito um raio-x dos últimos jogos. Ele destacou que contra o Palmeiras, por exemplo, o time levou quatro gols no primeiro tempo com apenas dois zagueiros, enquanto melhorou após adotar três defensores. O mesmo se repetiu diante do Juventude e do Corinthians, quando o Inter apresentou alguma organização ao reforçar a retaguarda.
“O Ramon até tentou corrigir no intervalo contra o Corinthians, quando o time já estava mal e perdendo. Ele botou o terceiro zagueiro para evitar uma tragédia maior. Se seguir insistindo em linha de quatro com laterais que não sabem marcar, vai sofrer”, disse Argel.
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Além de apontar fragilidades nas laterais, o ex-treinador também citou a necessidade de dar confiança aos volantes disponíveis, como Thiago Maia e Bruno Henrique, diante da impossibilidade de reforçar o elenco neste momento. Para ele, a solidez defensiva é o primeiro passo para recuperar moral e resultados.
“Não adianta querer inventar com peças que não tem. Dá moral para Thiago Maia e Bruno Henrique, porque são caros e precisam entregar. Com a defesa mais protegida, o Alan Patrick pode jogar centralizado e o Carboneiro ajudar na marcação do lado mais forte do adversário”, reforçou Argel.
A análise acontece em meio à pressão crescente sobre o presidente Alessandro Barcellos e a necessidade urgente de reação do Inter. O próximo compromisso será contra o Botafogo, no Beira-Rio, confronto direto para tentar fugir da parte de baixo da tabela.


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