
Uma coletiva marcada por emoção, aplausos e euforia selou o início de uma nova era para o Grêmio. O pré-candidato à presidência do clube, Marcelo Marques, anunciou oficialmente a aquisição da gestão da Arena, com um aporte pessoal de R$ 130 milhões. O movimento destrava uma novela que se arrastava desde 2013 e antecipa em quase uma década o controle administrativo do estádio, antes previsto para 2033.
Para ajudar o torcedor a entender o que muda a partir de agora, o Zona Mista preparou um guia com cinco perguntas e cinco respostas sobre essa nova fase gremista.
Qual será o primeiro jogo do Grêmio na Arena sob nova gestão?
O primeiro jogo da nova fase será no dia 23 de julho, às 21h30, contra o Alianza Lima, pela volta dos playoffs da Copa Sul-Americana. A partida já será marcada por mudanças: os ingressos terão preços mais acessíveis, conforme prometido por Marcelo Marques na coletiva.
“Já vai ter o nosso toque a partir de agora. A Arena já é do Grêmio. Vocês vão ver amanhã os preços, vão ser bem atrativos”, afirmou o empresário.
A expectativa é de casa cheia, com o clube trabalhando para ampliar o número de sócios e bater a meta de 300 mil associados nos próximos meses. Pelo menos 40 mil pessoas são esperadas para este duelo diante dos peruanos.
Haverá shows e outros eventos na Arena?
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Não. A proposta de Marcelo Marques é priorizar exclusivamente o futebol. Ao longo dos anos, a Arena foi cedida para shows e eventos privados que, segundo o empresário, prejudicavam o gramado e atrapalhavam o planejamento do clube.
“A tendência é que não tenham mais shows. Eles não são rentáveis. O show agora é o do Grêmio”, disse Marques, descartando a realização de eventos paralelos.
A nova gestão pretende transformar o estádio em um ambiente 100% voltado ao futebol, com melhorias estruturais e foco total no desempenho esportivo. Inclusive, já há estudo para a melhoria do gramado, que voltou a ser criticado por jogadores recentemente.
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Quanto o Grêmio vai faturar por ano com a Arena?
Segundo projeções apresentadas por Marcelo Marques, o Grêmio poderá faturar entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões por ano, dependendo do desempenho comercial e do engajamento da torcida.
A principal fonte de receita será o quadro social, além de bilheteria, camarotes, publicidade e ações comerciais. O clube também planeja implementar o sistema de check-in para sócios e vender todas as cadeiras disponíveis, garantindo ocupação mínima de 30 mil torcedores por jogo.
“A Arena se paga. É um negócio sensacional para o clube. Uma nova era está se abrindo para o Grêmio e para o seu torcedor”, celebrou Marques.
A Arena do Grêmio poderá ter a avalanche?
A tradicional avalanche gremista, forma característica de comemoração da torcida no antigo Olímpico, pode voltar — mas depende de avaliação técnica. Marcelo Marques reconheceu que é um sonho pessoal ver a avalanche novamente na Arena, mas admitiu que é uma questão delicada.
“É uma marca do Grêmio ao longo da sua história. Vamos lutar por isso, mas depende dos órgãos de segurança. Mas pra mim é um sonho ter a avalanche de volta pra nossa torcida”, afirmou o empresário.
O Grêmio pagará alguma coisa para Marcelo Marques?
Não. Marcelo Marques deixou claro desde o início da coletiva que a operação será uma doação integral ao clube, sem contrapartidas, juros ou exigências comerciais.
“Quem ajudou não foi um bilionário, foi um torcedor do Grêmio, igual a vocês. Sei que se pudessem, fariam o mesmo. A Arena é nossa”, disse emocionado.
O empresário adquiriu dois terços da dívida por R$ 80 milhões e os direitos de superfície por R$ 50 milhões. O outro terço já pertencia ao Grêmio desde 2024. A transição da gestão será concluída até o fim de 2025.
