
Era setembro de 2012 quando Fernandão, então treinador do Inter, deu uma entrevista que, para alguns colorados, serve para os dias atuais. A reclamação do eterno capitão sobre uma suposta “zona de conforto” no clube voltou a ser citada neste domingo, logo depois da derrota de 2×0 para o Grêmio, na Arena, pelo Brasileirão.
Apático e sem reação em campo, o colorado chutou apenas cinco vezes – nenhuma delas no alvo defendido pelo Paulo Victor. No fim, a sensação é de que o placar ficou barato para o time treinado por Zé Ricardo.
A fala de Fernandão ocorreu após um empate em 2×2 com o Sport, no Beira-Rio. Os visitantes tinham feito 2×0 no primeiro tempo e o Inter correu atrás para empatar na etapa final.
“Entramos em uma zona de conforto. Ela tem que acabar. Já tínhamos diagnosticado isso há um tempo. Hoje foi uma resposta bem clara. A culpa é toda minha. É difícil chegar à beira de campo do Beira-Rio e rezar para saber qual time estará em campo. Ou sai da zona da conforto ou começo a trocar as peças. Tive vergonha, a torcida tinha razão naquele momento. Era de se vaiar, xingar. Queria estar em qualquer lugar da terra, menos onde estava. Não sei se o Inter precisa de um treinador amigo nesse momento. Se for preciso, serei inimigo deles para fazer esse time jogar. Independentemente de ser eu ou outro (treinador), chegou ao momento de estar lá dentro e escolher a dedo. Quem não quiser, que a direção dê férias e continue pagando. Falo isso para que o time ganhe indignação. O Inter tem qualidade imensa, precisa brigar pela ponta de cima. Nos anos 70 ganhava, quem tinha técnica ganhava. Hoje, quem tem técnica, mas não tem mentalidade e físico não ganha nada. Tem que ter algo a mais”, disse o capitão do título mundial de 2006, na ocasião.
Relembre a entrevista e a repercussão atual dos colorados pós-Gre-Nal:
A zona de conforto que Fernandão falou está aí até hoje! Quem terá cabelo no peito para acabar com isso? pic.twitter.com/jz2mu6ezBW
— Carlos Lacerda (@reporterlacerda) November 4, 2019
Em 2012 teve jogador importante do inter (que dps viraria capitão) dando coletiva rechaçando a existência de uma zona de conforto no Inter, isso logo após ajudar a derrubar o técnico que sugeriu essa possibilidade, o técnico: Fernandão, o jogador: segue no inter e hj dá palestras
— ANCIÃO VERMELHO (@VermelhoAnciao) November 4, 2019
Fernandão falou isso em 2012, EM 2012, e essa zona de conforto ainda continua acontecendo, isso aconteceu em 2012 gente https://t.co/e9NaL5PbRN
— Taylor Gabriel (@GabrielTaylor_) November 3, 2019
Já dizia nosso eterno Fernandão “Zona de conforto, se não mudar a atitude vai continuar igual.”
— Giovane🇦🇹 (@giovanefillipin) November 3, 2019
Fernandão nos avisou, muita gente não deu ouvido…
Essa zona de conforto acaba com o Inter.
— joao (@conheceojooao) November 3, 2019
A zona de conforto dita pelo Fernandão em 2012 continua no Inter. Não é só um time desorganizado, é um bando de jogadores nem aí pro clube, jogam sem vontade nenhuma. Perdi as contas dos inúmeros lances em que os jogadores caminhavam em campo… Reflexo de uma direção patética!
— Gabriel Jaeger (@Gabriel__Jaeger) November 4, 2019
Como o Fernandao disse depois de sair: “A mentalidade de muitos lá dentro precisa mudar. Você faz comparações lá dentro e escuta: ‘É, mas eles não são campeões de tudo como nós’. Pega um cara desses, que é vitalício lá, e manda para a Europa, para conhecer a estrutura dos clubes.
— Marcelo 🇨🇱 (@kurosakki1) November 4, 2019
Era de fazer igual no filme Laranja Mecânica. Abrir os olhos a força dos jogadores e ficar passando esse vídeo por horas. Só a zaga que não merece passar por isso.
— Mariana Lagomarsino (@marylagomarsino) November 4, 2019