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Marlon Passos detalha afastamento de Marcelo Marques do Grêmio: “Decepção com ideias”

Advogado seria o provável CEO do clube se Marques virasse presidente

O afastamento de Marcelo Marques da vida política do Grêmio, desistindo inclusive de ser o novo presidente do clube, foi tratado com mais detalhes por Marlon Passos, que é advogado e seria o provável CEO de uma gestão Marques no clube – ele também participou de forma intensa das negociações de compra da Arena e da transição da posse do estádio.

Em nova entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi, Passos falou do quanto todo esse processo político foi desgastante para Marques, motivando o afastamento do empresário da vida do clube:

“O Marcelo eu amo ele de coração. Amo a família Marques. Ele é outro Marcelo. Esse processo foi muito ruim para ele. Se eu soubesse disso, eu tinha forçado ele a acabar tudo naquela coletiva. Esquecer esse negócio de presidência. E a relação do Marcelo com o Grêmio é muito bonita. Tanto que ele nunca tinha passado por isso. Só que no Grêmio tudo é público e vira manchete. E é um amor incondicional. Exposição, decepção com algumas ideias e ele não ficou bem com isso”, alegou Marlon.

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Relembre um trecho da carta de “despedida” de Marcelo Marques ao torcedor do Grêmio:

Escrevo com serenidade e em oração, pedindo a Deus sabedoria. Depois de muita reflexão, decidi retirar minha pré-candidatura à presidência do Grêmio. Sou uma pessoa simples, que ama o Grêmio, a família e o trabalho. Depois de refletir profundamente, cheguei à conclusão que existem apenas três motivos que me conduzem nesta decisão e nenhum outro além destes. 

O primeiro é a exposição pública em torno da minha pessoa, que me transformou involuntariamente em cifras fora de contexto e acabou constrangendo e assustando minha família. O segundo é a responsabilidade intransferível de estar presente diariamente na minha empresa, ao lado de todos os colaboradores que se dedicam a ela com empenho.

O terceiro, por amor ao Grêmio, é a necessidade de deixar o ego e a vaidade de lado e reconhecer que o clube precisa de alguém com mais disponibilidade e conhecimento sobre o mundo do futebol para assumir essa missão. Não posso, por vaidade, querer abraçar tudo e correr o risco de não fazer o melhor pelo nosso Grêmio. É uma escolha bem pensada, tomada com serenidade e consciência, e é definitiva.

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