Impedido de iniciar a pleno o seu trabalho no Inter pela Covid-19, o técnico Abel Braga relembrou a grave doença ao fazer uma espécie de “retrospectiva” da volta ao colorado na coletiva neste domingo, no Beira-Rio, logo após conduzir mais uma vitória sobre o Fortaleza por 4×2.
Naquele período, o treinador precisou ficar de fora de jogos importantes e sequer conseguiu trabalhar com o time no dia a dia no CT:
“Se eu já não tivesse vivido, em minha vida, situações muito mais complicadas e difíceis de encarar [que contrair a covid-19]… Aquele início foi terrível. Eu estava imponente. É incrível o quanto eu enchi o saco do Leomir, do Osmar, do Caíco, do departamento de scout, foi demais. Era um sentimento não só de eu não poder, era não poder ao Inter. E, aí, tem uma diferença muito grande”, declarou.
Depois da tempestade, a alegria também é grande para a Abel, que curte o momento de seis vitórias seguidas no Brasileirão:
“O Inter, hoje, é uma equipe a ser batida também. Esses jogos grandes são sempre bons de jogar. Vamos tentar correr atrás. Nós ainda estamos atrás [do São Paulo]. Estamos em uma sequência bem legal. Estou muito feliz”.
São Paulo pela frente
Na quarta-feira, às 21h30, o Inter terá a chance de ser líder do Brasileirão se vencer o São Paulo fora de casa e Abel promete trabalhar a parte mental do grupo antes da decisão:
“Eu vou trabalhar o mental. Posicionar a equipe na quarta naquilo que pretendemos de estratégia porque não há tempo hábil. Vamos jogar com um adversário muito bem trabalhado, que está com o treinador há um bom tempo”, prometeu Abel, antes de acrescentar:
“Se ele [grupo] entra em campo totalmente focado em ganhar, é porque tem possibilidade [de título]”.
Além do São Paulo na quarta-feira, o Inter completa a semana decisiva fazendo o primeiro Gre-Nal de 2021 no domingo, no Beira-Rio.