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Abel dá bastidores da saída, cita carinho pelo Inter e não banca retorno: “Pode ser que não tenha mais tempo”

Técnico Abel Braga conversou com exclusividade com a reportagem do Zona Mista nesta semana

Eleito melhor técnico do Brasileirão de 2020, a um gol de ter tirado o Inter da fila que já dura desde 1979, Abel Braga falou pela primeira vez com exclusividade sobre a sua saída do clube em entrevista ao Zona Mista – nesta terça, o clube anunciou Miguel Ángel Ramírez para o seu lugar. Abelão, logo de cara, negou ter sido convidado pela direção para exercer o cargo de coordenador-técnico em trabalho conjunto com o espanhol.

Aos 68 anos, o treinador quer seguir atuando na beira de campo e tem deixado claro que ele – e somente ele – decide quando vai encerrar a carreira. Abel também revelou ter desmarcado uma reunião com a direção na sexta-feira, uma vez que o encontro apenas formalizaria o que já se sabia: a sua não permanência no clube.

“Não, isso aí não existe (convite para ser coordenador). Rumores. Como a imprensa faz rumor sobre mim. Eu não fui convidado pra nada. Nós tínhamos uma reunião na sexta, que eu desmarquei, porque no vestiário na quinta-feira eu já coloquei que não iria continuar. Quer dizer, assim dessa maneira eles estariam encerrando a minha carreira, mas, quem sabe quando encerro ou não, sou eu”, declarou ao Zona Mista.

Disponível no mercado, Abel não fechou as portas para uma eventual oitava passagem pelo Inter, mas admitiu que, embora mantenha um enorme carinho pela torcida, talvez não tenha mais tempo para isso:

“Não me despedi da torcida e não me despeço nunca. É uma relação forte entre eu e eles, com uma ligação muito grande. Eu não sei o tempo que estou querendo me dar como treinador ainda. Pode ser que não tenha mais tempo. Mas no futebol você não fala que pretende, que quer, daqui a 5 meses, daqui a um ano, não. Não existe isso no futebol. Não me convidaram, nem deveriam, porque é a próxima coisa que eu penso em fazer quando eu resolver parar. Não resolvem por mim”, acrescentou.

Mantendo o seu perfil sincero e leal nas relações, Abel deixou claro, por fim, que entendeu as razões da direção comandada por Alessandro Barcellos em não querer dar sequência ao trabalho – embora a sua própria vontade, declarada ainda em 2020, fosse de ficar até dezembro. O treinador deixou o Beira-Rio sem mágoas:

“Eles estão corretos e está tudo bem. Foram eleitos. Naquele momento a coisa não era boa e pensaram em modificar para fazer do jeito deles. Problema zero. Eu saio mais uma vez sem nenhum tipo de problema com ninguém”, terminou.

Abel Braga assumiu o Inter em novembro na vaga do argentino Eduardo Coudet, que deixou o clube rumo ao Celta de Vigo, da Espanha. E aproveitou a sétima passagem para se tornar o treinador com mais jogos em toda a história colorada.

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