
Vivendo uma grande fase no Al-Rayyan, do Catar, o atacante Róger Guedes, de 28 anos, aproveitou as férias no Brasil para conceder uma longa entrevista ao quadro “Abre Aspas”, do Globoesporte.com, onde relembrou a origem humilde no Rio Grande do Sul e o começo no esporte com a camisa do Grêmio. Ele, porém, nunca atuou no profissional do tricolor e iniciou a carreira com a camisa do Criciúma.
“Muitos falam que eu sempre fui playboy, né? Mas ninguém sabe, eu saí de Ibirubá, no Rio Grande do Sul. Morei até meus seis anos embaixo da arquibancada, no campo do Grêmio, que meu pai cuidava. Ele cuidava do campo para ganhar essa moradia, embaixo da arquibancada realmente. Moravam eu, meu irmão e meus pais. Poucas pessoas sabem. Não tinha nem como eu não ser jogador. Deus me deu o dom, e eu nasci dentro do campo de futebol. Lá pelos seis anos, eu já cortava a grama do campo. Então, tinha que ser mesmo, era isso”, disparou, ao Globoesporte.
A carreira de Rogér Guedes tem a seguinte trajetória até hoje: Criciúma, Palmeiras, Atlético-MG, Shandong Luneng (China), Corinthians e Al-Rayyan (Catar).
“Com seis anos eu já jogava futsal, tinha que ir para a cidade vizinha jogar. Com nove anos eu já estava no Grêmio. Graças a Deus eu venci, estou vencendo. Mas esse lado as pessoas não conhecem muito bem. Nunca passei fome, mas eu era pobre, pobre mesmo”, lembrou.
Róger Guedes planeja voltar ao Brasil?
Em alta na carreira, Guedes evita planejar o futuro a longo prazo, mas indica que priorizaria o Corinthians em caso de possível volta ao Brasil. Ele, porém, se vê atuando em bom nível na Europa quando surgir a oportunidade:
“O próprio Flamengo, o próprio Atlético-MG, agora com o Cuca, o Cruzeiro, por eu ter trabalhado com o Leonardo Jardim também. O Corinthians sempre tentou esse meu retorno. Ainda estão me olhando. (…) Eu me vejo muito na Europa. O futebol que eu tenho, o atleta que eu sou, o jeito que eu me cuido também, o que eu demonstro dentro de campo. Eu me vejo, sim, em grandes times da Europa”, finalizou.