Novamente exercendo o cargo de prefeito de Osório-RS, o ex-presidente gremista Romildo Bolzan concedeu longa entrevista à Rádio Gre-Nal na manhã desta sexta-feira e respondeu sobre o momento político do Grêmio, deixando claro que não tem preferência por nenhum dos pré-candidatos ao pleito do segundo semestre: Denis Abrahão, Marcelo Marques e Paulo Caleffi.
“Eu não tenho preferência por ninguém. Conversei uma vez especificamente com o Caleffi, já conversei com o Denis e com o Marcelo, da Marquespan, nunca conversei, mas já me encontrei com ele uma vez rapidamente. Mas eu não tenho contato nem debate nem aprofundamento para saber o que está sendo proposto por eles. Então, fica difícil para responder essa pergunta. Poderia até emitir algum juízo, mas preferência ou escolha eu não tenho”, comentou.
Depois, grande parte da entrevista debateu a questão do impasse entre Grêmio e Arena. Segundo Bolzan, ainda na sua época, a compra da gestão do estádio chegou a ser finalizada, prestes a ser anunciada, até que a construtora OAS “roeu a corda” e desistiu:
“No nosso tempo, nós fechamos o acordo inclusive com a OAS. Naquele momento, finalizamos o acordo com todas as partes. Os bancos credores, a prefeitura, o Ministério Público, a OAS. As compensações ambientais e urbanísticas. Estava tudo ok. Mas só não finalizou porque, na verdade, no último momento, a OAS deu para trás. Quando mais perto tivemos, a OAS roeu a corda. Neste momento de hoje, eu não sei exatamente como está a negociação. Eu nunca vi, da parte da OAS e dos seus sucessores, a disposição de entregar o negócio antes de 2033. Lá para frente, teremos uma situação bastante difícil de ser resolvida”, disse Bolzan, antes de ampliar:
“A Arena nunca foi gerida pelo Grêmio. O que é do Grêmio é o Olímpico pela matrícula e pela posse. A Arena será do Grêmio, por contrato, em 2033. Mas ninguém tem a garantia disto hoje. É complicado. É preciso levar em consideração o término de todas as pendências, seja prefeitura, OAS, bancos, Grêmio. A Arena será do Grêmio, mas hoje não é. O clube não é dono deste patrimônio. É bem aquilo que o presidente Koff dizia”.
Romildo Bolzan Jr foi presidente do Grêmio entre 2015 e 2022. Na primeira parte da gestão, equilibrou finanças e devolveu o clube aos grandes títulos como Copa do Brasil e Libertadores. Mas, na reta final, conviveu com o rebaixamento de 2021 e com a Série B de 2022 até dar lugar a Alberto Guerra.
