
O Maracanã-CE não conseguiu eliminar o Inter na terceira fase da Copa do Brasil, mas deu projeção para o goleiro Rair, que, em jornadas inspiradas, defendeu um total de três pênaltis do colorado no somatório dos dois jogos – um deles de cavadinha de Alan Patrick. O que poucos sabem é que tudo isso só segue ocorrendo em sua carreira graças ao Grêmio, fundamental no seu começo no futebol.
Nascido em Ibicuitinga, no interior do Ceará, Rair foi tentar a sorte na base do Grêmio em 2013, mas, na mesma época, conviveu com a morte da mãe. Ele defendia a categoria Sub-14 do tricolor e precisou de muito suporte dos profissionais gremistas para não desistir da profissão.
- Jornalista gaúcho é agredido por torcedor do Inter antes da partida; canal se manifesta
- Goleiro revela sonho do pai e Inter estranha três pênaltis perdidos: “Não é comum”
“Foi uma passagem rápida pelo Grêmio (2012 e 2013), mas onde pude aprender muita coisa. Eu vinha do interior do Ceará, de Ibicuitinga, e era tudo muito novo estar vivendo aquela realidade. Eu via jogadores que nunca imaginava, como Dida e Zé Roberto. Foi uma experiência muito proveitosa na minha vida. Mas, neste período, perdi a minha mãe, no começo de 2013. Eu tive que voltar de férias, foi uma situação complicada, mas superei com ajuda dos companheiros, da psicóloga do Grêmio”, lembrou o goleiro, em entrevista ao portal GE.
Em seguida, Rair se transferiu ao São José-POA onde se profissionalizou e abriu caminho para voltar ao futebol cearense em 2018. Inicialmente, rodou por alguns clubes locais até se efetivar no Maracanã, que vendeu caro a classificação para o Inter.

Goleiro revelou sonho do pai
Após defender o pênalti de cavadinha de Alan Patrick no primeiro tempo, Rair concedeu entrevista no intervalo do jogo desta quinta-feira e garantiu que o seu pai havia sonhado nos mínimos detalhes com essa defesa. Ele prometeu divulgar o áudio do pai projetando o lance para não passar por “mentiroso”.
“Por incrível que pareça, meu pai me falou que ia ter um pênalti hoje, o Alan Patrick ia dar a cavadinha e eu ia defender. É agradecer a Deus. Não consigo acreditar ainda. E agradecer ao meu pai. Te amo, pai”, disse o goleiro cearense.