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Záchia detalha como foi a conversa com o presidente do Inter, avalia trabalho de Medina e vê necessidade de reforços

Conselheiro colorado Luiz Fernando Zachia deu entrevista recente ao jornalista Luiz Carlos Reche

Atual presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), o conselheiro e ex-dirigente colorado Luiz Fernando Záchia teve uma conversa recente com o mandatário do Inter, Alessandro Barcellos, que o sondou para o cargo de vice de futebol. Záchia, ao jornalista Luiz Carlos Reche, no programa Cadeira Cativa, explicou a sua recusa ao convite e sugeriu que essa figura política na direção dos clubes passe a ser remunerada.

“Fui chamado pra conversar sobre futebol. Hoje presido uma empresa pública e não posso ficar 24h em um clube. Mas, perguntado, dei minha opinião sobre treinador, jogador, sobre o que penso pro futuro. Disse ao presidente que ele deveria combinar com o presidente do Grêmio e propor um debate de que ambos os clubes comecem a remunerar a figura política da direção. Esse vice-presidente de futebol, que é político, precisa ter dedicação total pra viajar, pra conhecer o clube, pra estar todos os dias disponível. O Papaléo é um cidadão extraordinário, só que ele também é desembargador. Tu passa a remunerar o cargo e tu vai aumentar o leque de opções”, declarou.

Citado por Záchia, Emilio Papaléo estava pressionado e balançou no cargo, mas foi mantido como vice-presidente de futebol do Inter após a queda para o Grêmio no Gauchão. O antigo dirigente também falou da necessidade de reforços, da decepção no estadual e do trabalho de Alexander Medina:

“O Medina começou a definir o seu grupo. Colocou o Edenilson na segunda função do meio, e eu entendo que ele, ali, rende muito mais. Tecnicamente, não vive o melhor momento. Mas acho injusto quando ele é vaiado. A zaga foi diferente abrindo mão do Cuesta. Tem que ter um cuidado nessa análise de ‘jogadores perdedos’. Cuesta foi o melhor zagueiro do Brasileirão por dois anos. Aí em 2021 foi mal. Bom, mas o time terminou em 12°, então todos foram mal. Acho que com mais uns três reforços o Inter sinaliza que pode fazer um bom Brasileiro e brigar por uma Libertadores, até porque hoje vão 7 brasileiros pra Libertadores. Mas o Gauchão era o campeonato para ganhar, mesmo que o treinador não conhecesse o grupo e usasse o estadual de laboratório. O Inter, que é mediano, ganhou dois Gre-Nais, mas ficou fora para um dos piores Grêmios dos últimos 15 anos”, finalizou Záchia.

O Inter volta a jogar no dia 6 de abril, 21h30, diante do 9 de Octubre, no Equador, pela primeira partida da fase de grupos da Sul-Americana.

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