
Horas depois do ataque feito por vândalos colorados com pedras e barra de ferro ao ônibus do Grêmio, forçando a suspensão do Gre-Nal no Beira-Rio, o presidente do Inter Alessandro Barcellos e o presidente da FGF Luciano Hocsman estiveram lado a lado em coletiva para dar explicações à imprensa e à torcida. Inicialmente, esperava-se que Romildo Bolzan estivesse junto à mesa, mas, em entrevista coletiva anterior, o mandatário gremista indicou insatisfação com o colega rival.
Barcellos, em suas manifestações, colocou que o Inter “também é vítima” dos atos de vandalismo, enquanto que Bolzan afirmou que “a vítima pesada é o Grêmio, que sofreu um atentado”:
“A intermediação do presidente da federação foi muito profícua. O presidente do Internacional tem uma narrativa dos fatos. Nós, de certa forma, não concordamos com todas suas narrativas, mas é um direito que ele tem de expressar. O Grêmio é vítima e uma vítima pesada. Para ser bem franco, o Grêmio sofreu um atentado aqui. E, por ser vítima, o Grêmio vai tomar suas providências. Mas não podemos trocar de papeis”, lamentou Bolzan.
Uma outra fala do presidente colorado que irritou a torcida gremista foi sobre o “desequilíbrio técnico” do Gauchão a partir do adiamento do Gre-Nal. Barcellos chegou a citar situações como cartões amarelos, jogadores pendurados e atletas que, eventualmente, pudessem vir a ficar de fora na remarcação do clássico.
“O papel das federações é mediar este tipo de relação entre os clubes para que eles possam ter as decisões de uma maneira distante dos interesses individuais de cada um. A conversa foi justamente na construção com os clubes, tentando chegar na situação de que, lá na frente, o calendário começa a apertar. Semana que vem tem jogos da Copa do Brasil. Então, foi uma conversa em alguns momentos dura, em outros mais leve. Mas voltada para uma força em conjunto, para encontrar uma saída de montagem do calendário para encaixar esta data do Gre-Nal”, explicou Hocsman, mandatário da FGF.