Depois de seis temporadas vestindo a camisa do Santos, o lateral-direito Victor Ferraz mudou de ares exatamente em 2020 para defender o Grêmio e por ironia do destino, logo nas quartas de final da Libertadores, está enfrentando o ex-clube. E, em coletiva virtual de imprensa nesta segunda, o jogador projetou o decisivo duelo na Vila Belmiro.
Para o defensor, não há favoritismo e cada clube carrega 50% de chance de passar de fase e ir à semi aguardar Racing ou Boca. Nesta linha, Ferraz minimizou os desfalques: tanto a possível ausência de Jean Pyerre por dores musculares no Grêmio como Diego Pituca, suspenso, e Soteldo, por Covid-19, no Santos.
“O Soteldo não jogou aqui e o Santos fez um grande jogo. As pessoas repetem isso (dos clubes dependerem dos jogadores) e isso vira um mito. Quem vai definir a classificação são os 11 jogadores que entrarem em campo. Não tem favoritismo neste jogo. É 50% para cada lado. O Santos também é grande demais para depender do Pituca e do Soteldo. Vão entrar outros jogadores que vão querer muito também”, declarou, antes de falar do camisa 10 do seu próprio time:
“Eu gostaria que o Jean Pyerre estivesse dentro de campo. Ele vinha em uma grande fase, mas o Grêmio é gigante para depender de um só jogador. De verdade, acho que a gente não depende. Ele acrescenta. Temos que classificar mesmo se ele não jogar”.
Quem vencer a partir das 19h15 de quarta-feira avança de fase. Empate sem gols é do Santos, com gols é do Grêmio e um novo 1×1 leva aos pênaltis.
Confira mais aspas da coletiva de Victor Ferraz:
“Tem tudo para ser um jogo bem aberto. A gente também tem a característica de propor. Vamos tentar utilizar da nossa estratégia para classificar”
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“Se fosse com torcida, eu não teria a menor dúvida que o Santos ia partir pra cima. Mesmo sem torcida, eu acredito que eles vão tentar jogar para frente. Mas a gente só vai saber lá. A minha opinião é que eles vão vir para o jogo sim”
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“(A lapidação de um garoto) não é simples. Acho um trabalho parecido na base de Grêmio e Santos. Se tem paciência com os garotos. Eles são o pulmão da equipe. Eu vejo a maneira de trabalhar das duas equipes (Grêmio e Santos) bem parecidas”
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“Eu sou um cara muito ligado à base, eu tenho um projeto de base lá em João Pessoa (PB). Eu estou impressionado com o trabalho de base feito no Grêmio. Eu tinha uma noção, mas estou impressionado. Tenho acompanhado um pouco do sub-20 e do sub-23”
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“Eu não acredito em retranca do Santos. Eles têm como característica, em sua história, jogar para a frente, principalmente na Vila Belmiro. Na nossa estratégia de jogo, vamos tentar propor o jogo de uma maneira que fique boa para a gente”
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“A Vila Belmiro é um lugar muito especial para a minha carreira. Mas hoje eu defendo o Grêmio. É legal reencontrar amigos, mas na hora que a bola rolar, eu defendo a camisa do Grêmio e vou fazer de tudo para que o Grêmio classifique”
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“Conheço bastante o Santos, os jogadores, o Cuca também. Tem tudo para ser um grande jogo. Duas equipes de bastante tradição na competição, sabem jogar a competição. Eu sabia que ia ser um jogo muito difícil. O Santos se comportou muito bem aqui na Arena”
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“O empate de 1 a 1 no finalzinho acabou sendo um bom resultado para a gente, pelas circunstâncias. É se utilizar das estratégias que o Renato está montando para sair da Vila Belmiro classificado”