
Por entender que o espaço onde aconteceu o ataque ao ônibus do Grêmio não é de sua responsabilidade, o Inter diz ter total tranquilidade sobre eventual denúncia e julgamento ao clube. A direção, no momento, diz que auxilia nas investigações e espera uma possível denúncia do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) para possíveis punições.
“O Inter tem total tranquilidade que cumpriu todo o protocolo que lhe cabia para a realização da partida, inclusive no aspecto da segurança. Este infeliz episódio ocorrido contra o ônibus do Grêmio foi fora do Complexo Beira-Rio, em uma área em que o Inter sequer poderia atuar. Então, trata-se de uma questão de segurança pública e não uma questão desportiva”, disse o vice-presidente jurídico do Inter, Guilherme Mallet, para a Rádio Gaúcha, em entrevista recuperada pelo portal Resistência Colorada.
“É importante destacar que é uma investigação a cargo da Polícia Civil e da Brigada Militar, que conta com total e irrestrito apoio do clube, como vem contando desde o início. O fato de que o delegado tenha entendido não haver elementos de convicção suficientes para proceder uma prisão preventiva não significa que as pessoas identificadas naquele primeiro momento não sejam os autores do fato. Então, a investigação vai continuar e pode contar com outros elementos de prova, inclusive testemunhais pelos próprios agentes de segurança pública que estavam no local, além de outros torcedores e filmagens que possam vir a surgir para buscar a identificação e responsabilização dos autores”, concluiu.
O juiz de Direito e titular do Juizado do Torcedor, Marco Aurélio Martins Xavier, à Rádio Bandeirantes, disse ainda ser “temerário” pensar em punição ao Inter:
“Quem arremessou o objeto contra o ônibus do Grêmio deve ser responsabilizado. Obviamente que existem outras instâncias de avaliação, no âmbito esportivo, aí pode haver um desdobramento para os clubes. O Internacional pode ser punido? Acho um pouco temerário afirmar isso agora”, colocou.