
Na entrevista concedida na noite desta segunda-feira ao jornalista Duda Garbi, que serviu para se lançar candidato à presidência do Grêmio, o empresário e dono da Marquespan, Marcelo Marques, prometeu atacar o “câncer” do clube: a relação com a Arena e a gestão do estádio. O gestor, caso assuma a presidência, revelou com números ter um plano de compra do estádio para encerrar de vez a longa novela.
Marques, que é torcedor fanático gremista, entende que a relação atual está péssima e quem sofre com isso é a torcida. Sua ideia é já no primeiro mês de um eventual mandato chamar a Arena para sentar, negociar e melhorar o vínculo.
- Renato lembra o Grêmio, cita Roger e valoriza vitória no Beira-Rio: “Tomamos conta”
- Cristaldo se manifesta sobre possível atrito com Mano Menezes: “Falaram muita coisa”
“Dá pra comprar a Arena. Isso eu vou apenas fazer a minha parte como gremista, precisa ser a primeira coisa a fazer com a gestão. E se a gente comprar a Arena? Minha ideia é sentar com eles e dizer que não está bom pra ninguém, está ruim até pro torcedor. O Grêmio é da torcida. Não prometo que vou comprar, mas vou tentar”, disse Marques, em trecho publicado na página “Paulo Santana Sincero”, no Facebook.
Segundo ele, uma das estratégias será vender as cadeiras desocupadas como forma de obter lucro para pagar a compra do estádio. Marques confia que o torcedor vai “pegar junto” neste projeto e adquirir todas elas em curto espaço de tempo, ajudando o clube.
“Temos hoje cerca de 27 mil cadeiras já vendidas. Mas a Arena tem 50 mil lugares, ainda temos mais 27 mil lugares que estão para venda. Com o ticket médio a R$ 300, por 27 mil lugares, dá muito dinheiro. Tendo a gestão da Arena, dá pra fazer isso. O torcedor está com gana de pegar a Arena na mão dele. Temos que botar o check in também, enfim. Isso precisa ser feito no dia 1”, ampliou.
Grêmio não vai debater SAF
Sob gestão de Marcelo Marques, cujos principais rivais deverão ser Paulo Caleffi e Denis Abrahão, o Grêmio não vai nem debater implementação futura de SAF no clube. O dono da Marquespan se mostra completamente contrário à ideia, embora reconheça o avanço deste tipo de gestão em outros clubes brasileiros.