
Vendido no final da temporada passada para o Monaco, onde vem atuando como meia avançado em uma segunda linha, o lateral-direito Vanderson relembrou momentos importantes vividos no Grêmio em nova entrevista dada ao site GZH. Sincero, ele entendeu a tristeza da torcida tricolor pelo ainda recente rebaixamento e garantiu que o clube gaúcho estará sempre em seu coração:
“Sei que a torcida do Grêmio está triste pelo que foi 2021 pra gente. Não foi fácil. Quem esteve lá sabe da dificuldade que passamos. Mas agora é uma página virada. O Grêmio está sempre no meu coração e o torcedor e quem está próximo de mim sabe muito bem disso. Mas agora tenho uma carreira pela frente e aqui no Monaco está sendo maravilhoso. Espero evoluir e melhorar aqui na Europa”, disse o jogador de 20 anos, que enalteceu a convivência recente que teve com nomes de peso como Rafinha, Geromel e Kannemann:
“O Rafinha foi um grande jogador aqui na Europa. Por onde passou, conquistou títulos. Ele me ajudava em quase todos os aspectos dentro do campo: posicionamento, jeito de marcar e várias outras coisas. Cada vez que ele passava um ensinamento, eu tentava pegar o máximo. Por isso, eu tive uma sequência boa no Grêmio, graças a ajuda do Rafinha e de outros mais experientes, como Geromel e Kannemann, que sempre estavam alinhados a me ajudar. Graças a Deus tive esse contato com esses jogadores, que são grandes pessoas e me ajudaram a crescer”.
Vanderson e o rebaixamento do Grêmio
Titular em grande parte da campanha do Brasileirão de 2021, Vanderson admitiu dificuldades para explicar as razões que fizeram o clube cair de divisão pela terceira vez em sua história:
“É difícil explicar. Foi uma coisa que a gente lá dentro nunca esperava passar. Quando começou o Campeonato Gaúcho, desde lá atrás na Pré-Libertadores, montávamos um grande time e conquistamos o Campeonato Gaúcho e a Recopa Gaúcha. E aí vieram as eliminações na Libertadores e na Sul-Americana. Eu não esperava passar por isso. O time era bom e estavam chegando grandes jogadores. É difícil explicar. Todos tentamos e trabalhamos para evitar. Havia horas em que a gente se excedia um pouco e passava um pouco dos limites para tentar ajudar, mas é difícil explicar. Mas tenho certeza de que o Grêmio vai sair dessa situação. Lá tem grandes jogadores que vão tirar o time desta situação e vão recolocar o time em seu lugar, de onde ele nunca deveria ter saído”, citou.
Sobre Renato Portaluppi, as lembranças são maravilhosas desde o momento que o treinador apostou em seu futebol. E Vanderson entende, ao contrário de muitos, que a saída de Renato não foi uma das causas do rebaixamento meses depois.
“O Renato é… sem palavras. É um ser humano incrível, que me ajudou bastante e que me deu confiança. Ele me colocou para jogar mesmo tendo muitos grandes jogadores na posição. Lembro muito bem que ele perguntou: “Você está pronto para jogar?”. E eu falei: “Estou pronto”. Todos lembram que era a final da Copa do Brasil (contra o Palmeiras). Saímos infelizes naquele dia (pela derrota), mas eu saí com a certeza de que foi um dever cumprido. Consegui ir bem no jogo, e ele me passou essa confiança. É um grande ser humano e um grande treinador que com certeza vou levar para sempre”, disse, para depois terminar:
“Não acredito que a saída do Renato tenha sido um estopim para a queda. Tivemos quatro grandes treinadores. O Tiago Nunes é um grande treinador. Teve o Felipão a quem também tenho que agradecer. Ele e seus auxiliares me ajudaram muito na minha evolução. Teve o Mancini também com quem trabalhei por pouco tempo, mas me ajudou também. Eles são grandes treinadores. Não acredito que a saída do Renato tenha sido o maior fator para a queda”.