Tinga se irrita com rumores de que ajudou no discurso de Bolsonaro e dá a sua versão

Ex-jogador da dupla Gre-Nal, da seleção brasileira, do Cruzeiro e do Borussia Dortmund, Tinga é tradicionalmente conhecido pela sua aptidão e apoio à causas sociais. Mas, desta vez, teve o seu nome ligado ao polêmico discurso feito pelo presidente Jair Bolsonaro sobre o coronavírus exibido na noite desta terça-feira.

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O jornal Folha de S.Paulo informou que o ex-atleta esteve na reunião que acertou detalhes da fala do presidente, algo negado com veemência por Tinga em entrevista à Rádio Gaúcha.

A presença de Tinga consta na agenda oficial da Presidência da República em compromisso das 14h às 14h35min de terça-feira (24). Mas o tema, segundo ele, foi outro.

“Fiquei muito feliz de ter sido chamado para falar sobre aquilo que domino. E o que domino é o futebol. Vivi o futebol 20 anos na prática, a transformação da minha vida veio através do futebol”, disse Tinga ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha.

O ex-volante garante que nem sabia da preparação de um discurso a ser feito pelo presidente à noite:

“Brinquei um pouquinho sobre times e saí fora. Quem sou eu para falar de discurso”.

Por ter novamente minimizado os riscos do coronavírus, chamando-o de “gripezinha, resfriadinho”, além de ter pedido a volta das aulas em meio à pandemia, Bolsonaro foi bastante criticado por sua fala – o meia Jean Pyerre, do Grêmio, fez suas críticas na web.

Leia aqui a nota oficial de Tinga:

“Estou vindo a público para esclarecer sobre a notícia de que participei de uma reunião em Brasília para colaborar no discurso do presidente Jair Bolsonaro.

Há duas semanas recebi uma ligação do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, que queria conversar sobre futebol e questões sociais. Nesse mesmo dia, Lorenzoni me convidou a ir a Brasília para ouvir minha opinião sobre o tema. A reunião foi agendada para essa terça-feira, dia 24 de março. Ao término, o ministro me levou até o gabinete da Presidência da República para me apresentar ao presidente Jair Bolsonaro.

Nosso encontro não fazia parte da agenda presidencial, muito menos para tratar de qualquer assunto de caráter oficial. Nos poucos minutos em que estive no gabinete, conversamos apenas sobre amenidades. Em instante nenhum foi sequer ventilado que o presidente iria fazer um pronunciamento à nação no período da noite.

A notícia que liga a minha pessoa ao conteúdo da fala do presidente Jair Bolsonaro não faz nenhum sentido. Lamento que o jornalista que veiculou a matéria não tenha me procurado para checar e/ou confirmar as informações.”

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