Exatamente 10 anos depois de sua primeira experiência no cargo, Roberto Siegmann (esquerda da foto) pode estar voltando à vice-presidência de futebol do Inter. E isso acontecerá se, no próximo dia 15 de dezembro, José Aquino Flôres de Camargo (centro) vencer a disputa para presidente do clube contra Alessandro Barcellos – cerca de 60 mil sócios podem votar de forma online.
Em coletiva de imprensa ao lado de Aquino nesta segunda-feira, Siegmann comentou sobre vários temas vinculados ao futebol do clube e passou um pouco mais da sua filosofia de trabalho. Separamos cinco temas:
TINGA NO FUTEBOL:
“Hoje estivemos por mais de quatro horas conversando com o Tinga. Eu tive a felicidade de estar no vestiário quando fomos bicampeões da América e depois também na função de vice de futebol. Ele sempre foi diferenciado e se destacava com relação aos demais especialmente pela liderança, que é peça da sua condição humana, do seu jeito de viver. Seria um grande acréscimo e estamos conversando”.
Futuro de Abel Braga:
“Temos de ter cuidado para não interferir o que está lá. Temos de respeitar o Abel. Ficamos refém. No momento em que disputávamos com muita qualidade as competições, ficamos sem técnico. Alguém é responsável por isso. Espero que a torcida do Inter tenha muito respeito ao Abel. Um homem com essa história não pode ser colocado no chão das análises. Bem ou mal, é o nosso treinador hoje. E que bom que é ele, pois poderíamos estar sem treinador agora. Meu respeito ao Abel é tanto que nem quero analisar essa passagem dele agora. Não vamos falar em nomes (de técnicos), precisamos respeitar quem está trabalhando. O treinador do Inter não pode ser um ET. Precisa se integrar a um projeto que inicia no primeiro dia da gestão. Treinador não é o dono da verdade. Mas não pode ser mole. Tem que existir cobrança internamente”.
TAISON:
“Tudo é relativo no futebol. Dependendo das possibilidades, pode ser uma boa alternativa (sobre o retorno de Taison). Vai depender das circunstâncias do momento, do que buscamos. Por muito tempo o Internacional andou para o futuro buscando peças do passado, que não querem dizer que teremos o mesmo sucesso do passado. Que é um bom nome, poderá, sim, ser uma alternativa”.
CONTRATAÇÕES:
“Contratamos 55 jogadores nessa gestão. Nove deram certo, pois seguem no clube. Isso credencia o trabalho científico que está sendo feito no Inter? Eu acho que não. E daqui a pouco não tinha algum jogador melhor do que esses que vieram na base? Infelizmente, eu tive a experiência de ver que existem dois clubes no Internacional. A base e o profissional, que não se conversam. Precisa contratar? Sim, não vou dizer que não vou contratar. Precisaremos de reforços”.
ESTILO ENÉRGICO:
“Todas as minhas brigas foram em favor do Internacional e pelo Internacional. Esse é o momento de darmos os primeiros passos para pacificar o Internacional e o vestiário do Internacional. Todas as vezes que o Inter esteve unido conseguimos grandes conquistas. Se acordarmos todas as manhãs sendo burocráticos na gestão do futebol, não chegaremos a lugar algum. Também mudei, talvez nem tenha mais o jeito de brigão que tinha. Mas tenho minha racionalidade”.