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Ex-Grêmio e Inter, Tinga fala sobre solidariedade e o carinho pelas torcidas no quadro “Almoço com Gugu Streit”

Paulo César Tinga anunciou sua aposentadoria do futebol no dia 30 de abril de 2015

Há quase 10 anos após ter deixado os gramados, Paulo César Tinga, ex-jogador de Grêmio e Internacional, recebeu o comunicador da Rádio 92, Gugu Streit para um almoço em sua casa. A visita faz parte do quadro “Almoço com Gugu Streit”, que vai ao ar todos os sábados, no Jornal do Almoço, na RBS. Durante a entrevista, o ex-atleta falou sobre a importância da solidariedade em sua vida e o carinho que sente pelas duas maiores torcidas do Rio Grande do Sul.

Gugu perguntou a Tinga sobre a entrada da solidariedade em sua vida. O ex-jogador relembrou os tempos em que vivia na comunidade, onde as pessoas se ajudavam com pequenas doações como arroz e açúcar. “Eu, muitas vezes, quando queria fazer um teste, precisava de uma passagem, alguma coisa. Então essas coisas ficam na nossa memória. Quando comecei a jogar, sempre tive em mente que o que conquistei não era só para mim; tinha que fazer a diferença na vida de outras pessoas. E é isso que tenho feito desde o futebol e agora também nesses 10 anos”.

Quando perguntado sobre como é ser amado pelas torcidas de Grêmio e Inter, Tinga descreveu a experiência como algo difícil de imaginar. “Eu já sonhava em jogar desde a infância, colorado desde pequeno. Não sabia que a vida ia me dar um presente muito maior de eu poder ter jogado no Grêmio e no Inter e ter sido respeitado nas quatro vezes. Joguei duas vezes no Grêmio e duas vezes no Inter, sempre conquistando algo”. Ele expressou gratidão ao Grêmio, onde tudo começou, e falou sobre a realização de jogar e ganhar pelo seu clube de infância.

A entrevista com Tinga

Gugu Streit: Agora, Tinga, como é que é ser amado pelas duas torcidas? Você jogou no Grêmio. E jogou no Internacional também. Como que é?

Tinga: Olha, é algo primeiro que é difícil de imaginar que poderia acontecer. Eu já sonhava em jogar desde a infância, colorado desde pequeno. Não sabia que a vida ia me dar um presente muito maior de eu poder ter jogado no Grêmio e no Inter e ter sido respeitado nas quatro vezes. Talvez as pessoas não percebam, eu joguei duas vezes no Grêmio e duas vezes no Inter. E as quatro vezes foi sempre de alguma forma conquistando algo. Então eu tenho um carinho e uma gratidão muito grande pelo Grêmio porque tudo começou ali. E tem a realização de qualquer criança que é poder ganhar e jogar pelo seu clube.

Gugu: Eu quero perguntar pra você, Tinga, como é que foi que a solidariedade entrou na tua vida também?

Tinga: Bom, primeiro que em tudo que eu consegui na minha vida, em relação ao esporte, sempre teve alguém de alguma forma que me ajudou. A gente que nasce em comunidade sabe que um ajuda com arroz, outro ajuda com açúcar… aquelas trocas. E eu, muitas vezes, quando queria fazer um teste, precisava de uma passagem ou alguma coisa. Então essas coisas ficam na nossa memória. Então quando eu comecei a jogar eu sempre tive na minha cabeça que tantas pessoas boas no futebol e outros muito melhores que eu, se eu consegui é porque não é só pra mim, tem que ter alguma entrega tem que ter alguma diferença na vida de outras pessoas e isso que eu tenho feito desde o futebol e agora também nesses 10 anos.

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