Há quase 10 anos após ter deixado os gramados, Paulo César Tinga, ex-jogador de Grêmio e Internacional, recebeu o comunicador da Rádio 92, Gugu Streit para um almoço em sua casa. A visita faz parte do quadro “Almoço com Gugu Streit”, que vai ao ar todos os sábados, no Jornal do Almoço, na RBS. Durante a entrevista, o ex-atleta falou sobre a importância da solidariedade em sua vida e o carinho que sente pelas duas maiores torcidas do Rio Grande do Sul.
Gugu perguntou a Tinga sobre a entrada da solidariedade em sua vida. O ex-jogador relembrou os tempos em que vivia na comunidade, onde as pessoas se ajudavam com pequenas doações como arroz e açúcar. “Eu, muitas vezes, quando queria fazer um teste, precisava de uma passagem, alguma coisa. Então essas coisas ficam na nossa memória. Quando comecei a jogar, sempre tive em mente que o que conquistei não era só para mim; tinha que fazer a diferença na vida de outras pessoas. E é isso que tenho feito desde o futebol e agora também nesses 10 anos”.
Quando perguntado sobre como é ser amado pelas torcidas de Grêmio e Inter, Tinga descreveu a experiência como algo difícil de imaginar. “Eu já sonhava em jogar desde a infância, colorado desde pequeno. Não sabia que a vida ia me dar um presente muito maior de eu poder ter jogado no Grêmio e no Inter e ter sido respeitado nas quatro vezes. Joguei duas vezes no Grêmio e duas vezes no Inter, sempre conquistando algo”. Ele expressou gratidão ao Grêmio, onde tudo começou, e falou sobre a realização de jogar e ganhar pelo seu clube de infância.
A entrevista com Tinga
Gugu Streit: Agora, Tinga, como é que é ser amado pelas duas torcidas? Você jogou no Grêmio. E jogou no Internacional também. Como que é?
Tinga: Olha, é algo primeiro que é difícil de imaginar que poderia acontecer. Eu já sonhava em jogar desde a infância, colorado desde pequeno. Não sabia que a vida ia me dar um presente muito maior de eu poder ter jogado no Grêmio e no Inter e ter sido respeitado nas quatro vezes. Talvez as pessoas não percebam, eu joguei duas vezes no Grêmio e duas vezes no Inter. E as quatro vezes foi sempre de alguma forma conquistando algo. Então eu tenho um carinho e uma gratidão muito grande pelo Grêmio porque tudo começou ali. E tem a realização de qualquer criança que é poder ganhar e jogar pelo seu clube.
Gugu: Eu quero perguntar pra você, Tinga, como é que foi que a solidariedade entrou na tua vida também?
Tinga: Bom, primeiro que em tudo que eu consegui na minha vida, em relação ao esporte, sempre teve alguém de alguma forma que me ajudou. A gente que nasce em comunidade sabe que um ajuda com arroz, outro ajuda com açúcar… aquelas trocas. E eu, muitas vezes, quando queria fazer um teste, precisava de uma passagem ou alguma coisa. Então essas coisas ficam na nossa memória. Então quando eu comecei a jogar eu sempre tive na minha cabeça que tantas pessoas boas no futebol e outros muito melhores que eu, se eu consegui é porque não é só pra mim, tem que ter alguma entrega tem que ter alguma diferença na vida de outras pessoas e isso que eu tenho feito desde o futebol e agora também nesses 10 anos.