Tinga explica o motivo de ter recusado entrar no governo de Jair Bolsonaro

Ex-jogador da dupla Gre-Nal, da seleção brasileira, do Cruzeiro e do Borussia Dortmund, Tinga é tradicionalmente conhecido pela sua aptidão e apoio às causas sociais. E, segundo o portal GaúchaZH, foi convidado, mas recusou ser o novo Secretário Nacional do Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério da Cidadania, pasta vinculada ao governo de Jair Bolsonaro.

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Nesta sexta-feira, em live com o jornalista Eduardo Gabardo, o antigo jogador explicou os motivos de sua decisão.

“Não tem nada partidário, de concordar ou não concordar. Foi uma questão de decisão, da mesma forma que algumas vezes acontecem convites para trabalhar em alguns clubes e eu recuso. Foi o convite mais importante da minha vida, até pela minha formação. Não sou formado em quase nada, mas receber o convite sabendo que eles esperavam contar comigo pelo que sei do futebol foi importante, mas a política não é a minha área”, justificou.

O bicampeão da América pelo Inter, por outro lado, evitou falar das suas posições políticas:

“Não acho justo eu, publicamente, falar o que penso de política porque posso influenciar alguém que não entende a se guiar pelo que eu disser”.

Polêmica antiga com Tinga e governo

No final de março, a presença de Tinga constou na agenda oficial da Presidência da República e ele teve um breve encontro com o presidente Jair Bolsonaro e com o Ministro da Cidadania, o gaúcho Onyx Lorenzoni.

Na época, o jornal Folha de S. Paulo chegou a informar que o ex-volante de Inter e Grêmio esteve na reunião que definiu o discurso de Bolsonaro na mesma noite. Na ocasião, o presidente tratou o coronavírus como “gripezinha”. Independentemente desse caso, Tinga garante que não se vê na política.

“Eu não me vejo na política. Os meus pensamentos são pequenos, onde eu posso participar. Minhas coisas são definidas muito nas relações pessoais. O engajamento social é um propósito de vida que eu tive durante toda a minha carreira. Tenho uma gratidão pelo Dunga, porque ele me mostrou a importância disso em 1999. Ali, eu vi que tinha que devolver tudo que tive na minha vida em desenvolvimento social. É um hábito que eu tenho e que me dedico”, finalizou.

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