O recado de Taison enviado para D’Alessandro no programa Resenha ESPN, da ESPN Brasil, se dividiu em duas partes. Primeiro, a engraçada lembrança da bronca que tomou ao brincar com o cabelo do argentino no primeiro treino dos dois juntos em 2008 no Inter. Depois, a emoção e a gratidão pela amizade mantida até os dias de hoje.
Taison, que em 2021 herdou a camisa 10 que era de D’Ale, fez juras de amor ao “Cabeça” e garantiu que o amigo ajudou ele a ser o que é hoje dentro do Beira-Rio:
“Quando o D’Alessandro chegou no Inter eu fui brincar com ele no primeiro dele. Mexi no cabelo dele e ele já me olhou com uma cara atravessada. Me xingou. Eu pensei: “Ih, esse cara não foi muito com a minha cara não”. Em seguida a gente tinha uma concentração e ele pediu para concentrar comigo. Pensei que eu não jogaria nunca mais (risos). Mas daí para diante a nossa amizade se tornou o que é hoje”, disse Taison, antes de fazer juras de amor ao gringo:
D’Alessandro cumpre contrato até dezembro com o Nacional – Foto: Reprodução/Instagram“Falar dele pra mim é algo que me deixa emocionado. Foi um cara que me ajudou e que fez ser o que eu sou hoje no clube. Dizer pro Cabeça que eu amo ele e que ele é um cara muito especial na vida. Te amo, cara”.
D’Ale, claro, retribuiu os elogios e também compartilhou uma história irreverente de Taison:
“O Taison incomodava. De tarde, eu estava acostumado a dormir. Quando eu concentrava de tarde, dormia um pouco. Mas o Taison virava o lixo e começava a fazer samba. Começava o pagode dele (risos). De noite nos divertimos, mas de tarde temos que dormir”.
Confira outras declarações de D’Alessandro ao Resenha ESPN:
FUTURO
“Eu tenho que ter muito respeito com o Nacional, que me abriu as portas aqui no Uruguai. É uma equipe muito grande, com muita história. Eu tenho contrato até dezembro e vou cumprir como tem que ser. Depois, vou ver o que eu faço. Existe a possibilidade de encerrar a minha carreira, obviamente, já vou fazer 41 anos. Eu fiquei com um gostinho amargo de não poder me despedir da torcida do Inter, do estádio lotado, por tantos anos de trabalho e para agradecer. Eu preciso agradecer por tudo que fizeram por mim”
NILMAR E TAISON EM CAMPO
“No Inter, eu joguei com dois que eu me entendia muito bem. Um era o Nilmar, que não era um 9 fixo. Era um cara que se movimentava muito. Muito rápido e muito inteligente. Jogava no limite, sabia jogar no espaço. E o outro é o Taison. Quando ele subiu, já de cara nos entendemos bem. Um extremo ou um segundo atacante, mas com muita potência, muita velocidade. Hoje, claro, o tempo passa. Mas continua sendo o cara diferenciado do time do Inter”
GOL CONTRA O GRÊMIO EM ERECHIM
“Lembro muito bem de um Gre-Nal em Erechim, que era bola para o Grêmio e no rebote Nilmar e Taison fizeram um contra-ataque que eu tentei correr, mas não cheguei, obviamente. Eles tinham velocidade e inteligência para jogar muito acima da média”
LIBERTADORES E MUNDIAL DE 2010
“Eliminamos Banfield, Estudiantes e São Paulo. Depois, na decisão, fizemos dois grandes jogos contra o Chivas e conquistamos o título em casa diante da nossa torcida. Lutamos muito pela conquista. Se pudesse, hoje eu faria algo diferente no Mundial de 2010. Infelizmente não deu certo, obviamente lamentamos. O fato de viajar com torcedores e depois descansamos pouco. Mas agora é muito fácil falar, né”