
ENTREVISTA
Ex-volante do Grêmio entre os anos de 2012 e 2013, Souza relembrou a passagem pelo clube em entrevista ao jornalista Filipe Gamba e explicou as restrições ao trabalho do técnico Renato Portaluppi. O antigo jogador, que também atuou em clubes como Vasco, São Paulo, Fenerbahçe e Besiktas, além da Seleção Brasileira, relembrou um atrito de Renato com o então meia Zé Roberto no ano de 2013.
Passagem pelo Grêmio
“Eu ouso dizer que a minha passagem de dois anos pelo Grêmio foi bem melhor que a que eu tive no São Paulo. Só que lá, com vitrine maior, em cinco meses fui convocado para a Seleção Brasileira. Mas, no Grêmio, foi uma temporada maravilhosa. Jogamos muito bem. Os atletas que vieram deram muito certo. O Elano, o Zé Roberto. Deu muita liga”
Amizades e ano de 2013
“Poderíamos ter ido bem mais longe naquela Conmebol Libertadores de 2013. Chegaram bons jogadores, mas não deram a liga. No Grêmio, tive amizades além do normal. O Kleber Gladiador, o Grohe, Werley, Elano, Zé, caras que eu levo na minha vida até hoje. No futebol, você conhece muita gente, mas amigos você tem poucos. Cada um vai para um canto e tem aquela coisa do ego”
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Trabalho de Renato Portaluppi
“Eu falei do Renato há um tempo atrás. É complicado falar de alguém que já venceu tudo. Ele ganhou muito aqui no Grêmio e tem esse respeito por tudo que ganhou como atleta e como treinador. Só que eu falei de uma experiência minha. Porque eu sempre gostei de treinar no aspecto tático e isso não tinha muito com ele. Mas não dá para ir contra os números. Venceu Copa do Brasil, Conmebol Libertadores. É um cara copeiro, de competição curta. Ele é o cara da resenha. Traz os experientes para perto dele, ganha na conversa, mas eu nunca ganhei um Brasileirão e sempre quis isso. Para vencer, você tem que ser bom, manter constância e ter um treinador constante. E eu falava que dificilmente ele venceria um Brasileirão por falta dessa constância nos treinos, que eu achava que seria suficiente para uma temporada inteira. Mas em copas ele é sensacional e tem títulos maravilhosos. O que eu falei foi mediante o que eu vivi. Se perguntarem para ele dos jogadores que ele treinou, eu vou estar em último ou nem existo (risos)”
Renato Portaluppi x Zé Roberto
“Tenho certeza que teve uma briga de ego do Renato com o Zé Roberto. A gente até foi bem, mas poderia ter ido melhor. No início, a torcida apoiava ele e tal. Mas depois todo mundo via o Zé sem jogar e a gente atuando com três volantes. Faltando criação para o time. Às vezes empatando na Arena e ele não botava o Zé Roberto. Porque o Zé era amado por todos. Nós fazíamos reuniões no hotel e às vezes pregava eu e outras vezes o Zé. A oração era pela nossa família, para não ter acidente nos jogos e tal. Quando o Renato chegou, ele cancelou isso. Ele achava que o Zé era o líder da oração. Começou ali os problemas. O Zé tinha nome, uma história de Copa do Mundo, e o Renato sempre gostou de ser o centro das atenções. Eu acho que essa briga de ego atrapalhou muito o nosso time naquele momento”
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Reação de Zé Roberto
“O Zé ficava caladinho. Trabalhava mais que todos. Dava os piques dele depois dos jogos que não jogava. E ele nunca abriu a boca para falar disso. Eu que sou bocudo e falo mesmo, porque isso me incomodava mesmo. Não gosto dessas injustiças assim“


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