
O presidente Alessandro Barcellos, em entrevista concedida ao Correio do Povo, admitiu estar preocupado com as finanças do Inter e com o futuro a médio prazo do clube. Ele afirmou que a sua gestão segue buscando maneiras de deixar a administração viável e rentável, e também confirmou que, até agora, não se apresentaram interessados em um eventual modelo de SAF.
“O Inter precisa de novos recursos. Pode ser que não venham via SAF, mas será preciso encontrar uma nova forma de financiamento. Acredito muito na construção de um “modelo Inter”. Estamos trabalhando nisso. É um tema que encontra resistência, mas o debate será inevitável em algum momento, seja por urgência, seja por oportunidade concreta de proposta”, assegurou.
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Barcellos entende que o principal problema que o Inter enfrenta em sua gestão é o enfrentamento da dívida, com pagamento recorrente de juros altos:
“É o maior problema do clube. Só em juros, perdemos entre R$ 80 e R$ 100 milhões por ano. Se tivéssemos esse dinheiro disponível, tudo seria diferente. O Inter hoje tem um funcionamento operacional positivo. Se não fosse o custo da dívida, teríamos superávit. Por isso, estamos reduzindo despesas e aumentando receitas. Profissionalizamos o clube, adotamos boas práticas de governança, mas tudo isso pouco aparece porque a dívida nos consome”, disse, antes de explicar o modelo recente de sucesso de Palmeiras e Flamengo:
“Porque são clubes que estavam em mercados subaproveitados até pouco tempo. Inclusive, Inter e Grêmio tinham receitas maiores do que eles há alguns anos. Mas eles souberam explorar todo o potencial de seus mercados. Nós também crescemos, mas em um mercado menor”, finalizou o mandatário, que cumpre a sua gestão até dezembro do ano que vem.