
Ninguém do São Paulo quis fugir da realidade e negar que o Grêmio, nesta quinta-feira, foi superior e merecedor da vitória de 3×0 na Arena, em Porto Alegre, pelo Brasileirão. O técnico Rogério Ceni usou a sua coletiva para elogiar os atacantes Ferreira e Douglas Costa e reconhecer que a sua estratégia para a partida não surtiu o efeito imaginado, principalmente com Benítez mais solto no meio de campo.
“O Grêmio tem jogadores de velocidade e quando faz as trocas, continua com velocidade […] Quando você está na frente, é mais fácil. Você tem o controle do jogo, pode se postar um pouco mais baixo e sofrer menos contra-ataques. Quando você está atrás do placar, você tem que arriscar mais e obviamente sobra mais espaço para um time que tem dois jogadores de velocidade e de muita qualidade”, disse Ceni, antes de falar da parte tática:
“Tentei armar um sistema muito voltado para que ele (Benítez) tivesse conforto dentro do jogo, e a gente tivesse altura, poder defensivo. Sara é o jogador que mais compete para pegar o Ferreirinha na hora de marcar e tem qualidade trazendo para dentro. O Welington tem mais força, chega mais fácil no fundo, com referência na área. Infelizmente não produzimos absolutamente nada no jogo, não tivemos ações ofensivas, não conseguimos neutralizar o Grêmio e nem ter força para criação”.
Após o jogo, o atacante Calleri admitiu à reportagem do Premiere que o jogo foi uma “vergonha” para o São Paulo:
“Foi uma vergonha para nós e para os torcedores que vieram. Vamos tratar de deixar tudo (em campo) no próximo jogo. Não fizemos nada do que trabalhamos”, colocou.
Ao Grêmio, a esperança de permanência cresceu depois da vitória sobre os paulistas e o time é, agora, o 18° colocado com 39 pontos, três a menos que o Athletico, primeiro time fora da zona da degola. No domingo, 16h, o rival é o Corinthians fora de casa.