
Em uma de suas piores partidas na temporada, o Inter, com vários reservas, foi irreconhecível em campo e levou 4×0 do Botafogo, no Engenhão, pelo Brasileirão, em jogo em que ex-gremistas brilharam com a camisa do alvinegro carioca. Depois da goleada sofrida no Rio de Janeiro, o treinador colorado Roger Machado se explicou em coletiva, admitiu estar “frustrado”, lamentou o calendário com partidas a cada três dias e mirou uma reação já a partir de quinta-feira, contra o Nacional, no Uruguai, às 19h, em duelo decisivo pela Libertadores.
A frustração pela goleada sofrida para o Botafogo
“Eu penso que, em primeiro lugar, imagino que o sentimento do torcedor de indignação é tanto quanto o meu. Um resultado frustrante na véspera de um jogo decisivo. A frustração é de não termos sido capaz durante quase todo o jogo. Em dois momentos no primeiro tempo, erramos coletivamente em um lateral e depois em rebote de escanteio. Isso desestabilizou a equipe”
As preservações no time titular do Inter
“A opção por preservar alguns jogadores se mostrou acertada, pois o principal objetivo nesse momento é a Libertadores. Será um jogo decisivo. Não queríamos contaminar essa decisão com uma goleada que incomoda a todos. Faltou para nós a capacidade coletiva de entender o jogo. Estamos em uma sequência de resultados ruins e de muitos gols tomados, que não costumávamos tomar. Precisamos achar soluções”
Instabilidade dentro das partidas
“A gente precisa remontar a equipe e buscar ter um time competitivo. Temos que acreditar que é possível, porque até bem pouco tempo a gente conseguia fazer bem. Queremos ser equilibrados nas partidas inteiras. O desequilíbrio faz com que o adversário tome a partida na frente. Depois, tu corre mais, se abre mais para ir atrás e o adversário se aproveita”
Confiança no próprio trabalho no Inter
“Eu posso recuperar, sem dúvida. Nós, a direção e os atletas. O futebol é cíclico. Tivemos dois momentos de grande invencibilidade, o título gaúcho invicto e agora a instabilidade em meio a um calendário agitado, sem descanso, sem poder trabalhar a equipe e sem botar os jogadores mais descansados para jogar. Eu acredito no trabalho. O meio do ano está longe ainda e eu preciso encontrar soluções para quinta-feira”
O modelo tático do Inter
“Não penso que o meu modelo tático ruiu. Penso que neste ano, com o nível de dificuldade dos adversários e com as competições diferentes, o modelo se mostra instável em alguns momentos. Os rivais passaram a nos estudar mais e a gente teve que encontrar alternativas para isso. Por isso, em alguns momentos usamos a linha de cinco atrás. Não foi o modelo que ruiu, o nível de dificuldade aumentou. Isso faz com que a gente tenha que se reinventar sempre. Não estou satisfeito com o rendimento“