Apesar da vitória de 2×0 com um homem a mais sobre o São José ter sido construída apenas no final, o técnico Roger Machado negou estar preocupado com o sistema ofensivo do Inter. Em coletiva de imprensa, ele fez a sua análise sobre a partida disputada no Estádio do Vale pelo Gauchão e definiu o confronto como a “partida da persistência”, em função da dificuldade de furar o bloqueio rival.
“Não conseguimos furar o bloqueio contra um time que botou 10 caras a 30 metros do gol. Ponto. E fechou os espaços. É importante entender o porquê das coisas. A dificuldade não é no ataque. E sim pelo adversário com a ideia de linha de cinco, atrasando o jogo, para que não conseguíssemos o volume suficiente para vencer. Não penso nada diferente disso e não me preocupo em nenhum momento sobre questão de ataque e defesa. Um jogo tu pode matar no primeiro ou no último minuto, e hoje foi a partida da persistência”, afirmou.
Uma das boas novidades do Inter foi a estreia do atacante Johan Carbonero, que entrou no segundo tempo e marcou o segundo gol para sacramentar o placar. De quebra, recebeu elogios do comandante:
“Ele finaliza bem com as duas pernas, preferencialmente com a direita. Ele se sente à vontade na busca de profundidade pelo lado esquerdo. Ele mostrou naturalidade no jogo interno e eu disse a ele que gostaria de tê-lo mais perto da área. E assim veio a finalização do segundo gol na partida. Ainda entende pouco do nosso modelo, mas acredito que ainda vai evoluir muito”, ampliou Roger.
Lateral-direita está “aberta”, diz Roger
Sem Bruno Gomes, que sofreu grave lesão no joelho e vai perder praticamente toda a temporada, Roger tem dado espaço para Braian Aguirre na lateral-direita, mas testou Nathan no segundo tempo. Ele admite que a disputa na posição está “aberta” para as próximas rodadas, a começar por Inter x Avenida, domingo, 20h30.
“O Aguirre, assim como todos os atletas, precisa de ritmo. Ainda mais neste início de temporada. Ele precisa estar na plenitude. Mas com três semanas, especialmente na lateral, é impossível ter o volume que a gente deseja. O Nathan faz um jogo mais associado e tem mais vitória pessoal pela relação técnica. O Aguirre é um jogador mais de ataque de espaço. Hoje não tinha espaço. O Nathan nos deu ultrapassagens. Com a lesão do Bruno, essa disputa ficou aberta e é saudável”, finalizou.