

Após a derrota por 2×0 para o Atlético-MG, fora de casa, que colocou o Internacional na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o técnico Roger Machado concedeu uma entrevista coletiva contundente. Cobrado por diversos temas, principalmente pela má fase no torneio nacional, o comandante fez questão de negar incômodo com a ausência de dirigentes em algumas partidas e reforçou que isso não interfere no desempenho da equipe em campo.
Direção ausente em Inter x Fluminense
Em jogos recentes, o Inter não contou com a presença física de figuras importantes da diretoria. No confronto contra o Fluminense, no Beira-Rio, o presidente Alessandro Barcellos e o vice de futebol José Olavo Bisol estavam na Europa, onde acompanharam a final da Liga dos Campeões a convite da organização. O diretor esportivo Andrés D’Alessandro também não esteve presente, pois representava o clube em um evento na Argentina.
Direção ausente em Atlético-MG x Inter
Na rodada diante do Atlético-MG, nova ausência de D’Alessandro, desta vez por agenda institucional. O presidente Barcellos, por sua vez, estava nos Estados Unidos, em evento com representantes da Federação Internacional. O único dirigente da cúpula colorada presente foi José Olavo Bisol, que chefiou a delegação em Belo Horizonte.
Questionado sobre essa situação, Roger descartou qualquer correlação entre os resultados negativos e a ausência de membros da diretoria.
“Não, não vejo nenhum problema e não há nenhuma relação entre os resultados com isso. Até porque, em outros momentos, quando ganhamos, também não tivemos membros da direção por compromissos institucionais com o clube e isso não chegou a ser falado. Nesse momento, a pauta é outra, não é essa. A pauta é melhorar no Brasileirão, é a janela de transferências que está por vir, é o planejamento da parada e os temas de campo”, disse o treinador.
A declaração acontece em um momento sensível do clube. Com apenas duas vitórias em 12 partidas, o Inter somou apenas 11 pontos até aqui e amarga um início de campeonato que já é considerado o pior da sua história nos pontos corridos. A derrota para o Atlético-MG foi mais um golpe duro, sobretudo pela forma como aconteceu: com falhas defensivas, pouca efetividade nas finalizações e um adversário que soube controlar o jogo mesmo com algumas ausências.
Além da cobrança por resultados, Roger também foi confrontado na coletiva sobre a insistência no esquema com três meio-campistas, mesmo diante de números que apontam baixo rendimento ofensivo. O treinador, no entanto, defendeu a escolha tática como uma necessidade diante da ausência de Alan Patrick, suspenso na rodada. Para o jogo contra o Vitória, o camisa 10 estará de volta, enquanto o volante Ronaldo cumprirá suspensão por terceiro cartão amarelo.
Outro ponto que Roger tentou reforçar foi a confiança em uma recuperação. O Inter terá agora um período de 30 dias sem jogos oficiais — por conta da pausa para a Copa do Mundo de Clubes da FIFA — e usará esse tempo para recuperar atletas, treinar e ajustar a equipe. Segundo o treinador, o foco é voltar mais forte e iniciar uma sequência positiva no retorno do Brasileirão.
“Nós nos colocamos nessa situação e temos plena condição de sair dela. Vai ser muito doloroso esse processo todo sem jogo e o Internacional na zona de rebaixamento, algo que a gente buscava desde o início da competição, entendendo que era se colocar entre os primeiros colocados da tabela para não perder de vista o campeonato, mas não foi possível. O que posso dizer para o torcedor é que o trabalho não para”, disse Roger Machado.
O próximo compromisso do Inter será apenas no fim de semana do dia 12 de julho, no Beira-Rio, diante do Vitória, em confronto direto por posições na parte baixa da tabela. Até lá, o elenco ganhará alguns dias de descanso antes de se reapresentar no CT Parque Gigante para iniciar a preparação.