Avaliando como “ponto importante” o empate conquistado diante do Flamengo, fora de casa, na estreia oficial do Brasileirão de 2025, o técnico do Inter, Roger Machado, também tratou de outros assuntos na coletiva no Rio de Janeiro e abriu o jogo sobre a vinda de treinadores estrangeiros ao Brasil. Inclusive, sobre a possibilidade da Seleção Brasileira ter, a partir de agora, um profissional vindo de fora.
“Eu não sou contra os estrangeiros, mas gostaria de ver a mesma política de reciprocidade. Hoje tenho graduação de Educação Física, tenho todas as licenças da CBF, mas para que eu vá ao mercado exterior ainda me cobram 60 meses de atuação em primeira divisão. E a gente não vê a mesma política ser adotada aqui. Isso acaba desequilibrando essa disputa em função dessas vagas”, apontou.
Para o treinador do Inter, o ambiente externo faz com que os clubes brasileiros tenham mais “paciência” para esperar resultados de técnicos estrangeiros:
“Os treinadores estrangeiros, por terem cultura diferente, tiveram a oportunidade de ficar um pouco mais. Para mim, como brasileiro, me davam quatro jogos. Pros estrangeiros, seis ou sete. Só que, como o mercado igual, isso ampliou também pra gente. Mas a gente sabe que, numa equipe grande, dificilmente vamos permanecer se ficar seis jogos sem vencer”, comentou Roger, antes de fazer uma citação ao português Jorge Jesus:
“Os estrangeiros são importantes porque, por vezes, eles quebram conservas culturais que nós, brasileiros, não conseguimos quebrar. O Jorge Jesus veio, pediu um telão no estádio e todos acharam muito bonito. Mas se eu pedir uma TV de 42 polegadas para colocar eu sou Professor Pardal. Esse ano, em um jogo à noite do Gauchão, foi a primeira vez que eu treinei o time durante o dia da partida. Se eu fizesse isso há cinco anos, iriam me chamar de inventor. Por isso eu aprecio a vinda de estrangeiros, mas que a gente não desconsidere o que há aqui”, finalizou.
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