
O Inter enfrenta um momento turbulento dentro e fora de campo. Enquanto a equipe se prepara para jogos decisivos contra Corinthians e Botafogo pelo Brasileirão, o clima político segue quente nos bastidores. Em vídeo publicado em seu canal no YouTube, o jornalista Vagner Martins – o Vaguinha – detalhou uma reunião agitada do Conselho Deliberativo, com cobranças diretas à atual gestão e pedidos de renúncia do presidente Alessandro Barcellos.
A reunião, que deveria ter ocorrido logo após o Gre-Nal, foi adiada a pedido da diretoria temendo um ambiente ainda mais hostil depois da derrota para o Grêmio. Segundo Vaguinha, a tensão foi alta quando finalmente aconteceu: conselheiros pediram a saída de Barcellos e criticaram duramente os rumos do futebol e da política do Inter.
“Reunião do departamento de futebol e pedido de renúncia do presidente Alessandro Barcellos. O ambiente é extremamente conturbado fora das quatro linhas. O que acontece dentro do clube é muito preocupante. O assunto política e finanças deixou de ser papo chato para ser algo que o torcedor precisa acompanhar”, relatou Vaguinha.
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Conselho aprova suplementação orçamentária, mas gastos preocupam
Um dos temas centrais do encontro foi a aprovação de uma suplementação orçamentária para fechar as contas da temporada. Os conselheiros aprovaram um acréscimo para cobrir R$ 15 milhões gastos nos primeiros sete meses do ano — valor bem inferior aos R$ 61 milhões inicialmente projetados. A previsão oficial é fechar 2025 com superávit de cerca de R$ 7,6 milhões.
Ainda assim, o alerta financeiro é grande. Vaguinha calculou que o Inter desembolsou cerca de R$ 20 milhões por mês apenas com salários e direitos de imagem de jogadores até julho. Mesmo com esse alto investimento, o Inter briga para não cair na Série A e vive forte contestação interna.
Barcellos não pretende renunciar e clima segue tenso
Apesar da pressão, Vaguinha afirmou que Alessandro Barcellos não cogita renunciar e pretende completar seu mandato até o fim de sua gestão. Segundo o jornalista, o presidente entende que a antecipação da eleição prejudica o clube, mas pretende defender seu legado e apoiar um candidato alinhado à gestão no pleito do próximo ano.
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“Eu conversei com ele algumas semanas, o presidente tem o entendimento de que essa briga política só prejudica o clube. Não existe possibilidade de renúncia do presidente Alessandro Barcellos. Ele disse que seguirá defendendo as ideias da gestão e vai apoiar um candidato na eleição do fim do ano que vem. Impeachment só é possível se houver comprovação de roubo, e isso não existe”, explicou Vaguinha.
Pressão aumenta às vésperas de duelo contra o Corinthians
Enquanto a política ferve, o time comandado por Ramón Díaz tenta se afastar da zona de rebaixamento. O Inter é apenas o 15º colocado, com 28 pontos, seis a mais que Juventude e Vitória — primeiros times do Z4. A partida desta quarta-feira (1º), às 19h30, contra o Corinthians, no Beira-Rio, é vista como decisiva para aliviar a pressão.
“O momento é de alerta máximo. Essa gestão prometeu muito e entregou pouco. Futebol, base e resultados não acompanham o investimento. É preciso união da torcida agora, porque protestar não vai resolver e o risco de queda é real”, alertou Vaguinha.
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