
Apontado como provável novo presidente do Grêmio, Marcelo Marques surpreendeu a todos na última quarta-feira ao anunciar, no programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, que está fora do pleito presidencial marcado para este final de ano. A notícia caiu como uma bomba e agitou de forma extrema o atual cenário eleitoral gremista, jogando um grande ponto de interrogação sobre o futuro do clube.
“Repensei muitas coisas: será que eu tenho que ser presidente mesmo? Será que eu terei condições de ajudar em tudo? Não posso ajudar assim como o Celso Rigo ajuda? Essa semana entrou a política no meio. A política existe e nos trouxe até aqui. A gente ama o Grêmio desse jeito. Mas por todo esse peso e essa questão política, eu não serei candidato. É uma decisão irreversível”, declarou.
Reunião tensa no dia anterior
Informações do portal GH indicam que, no dia anterior, ocorreu uma tensa reunião em Gravataí onde Marcelo Marques precisou montar a sua chapa no Conselho Deliberativo e recebeu diversas indicações de nomes. Não houve consenso e o desgaste ampliou, fazendo o empresário fortalecer a sua decisão de deixar a corrida eleitoral.
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Duas outras situações vinham desagradando Marcelo: pressão por indicações para futuros cargos em sua gestão e cobranças constantes por mais dinheiro em reforços – isso tanto de torcedores como de jornalistas gremistas. O empresário não gostou de ter o seu nome praticamente ligado o tempo todo a recursos para contratações e mais verbas.
O prazo de inscrições para chapas presidenciais no Grêmio vai apenas até esta sexta-feira e a expectativa fica por conta da postura de Paulo Caleffi, que era o segundo colocado nas pesquisas e desistiu após Marques comprar a Arena. Oficialmente, permanecem por enquanto Denis Abrahão, Gladimir Chiele e Sergio Canozzi.