O técnico Renato Portaluppi repercutiu no Brasil inteiro por suas fortes falas na coletiva de imprensa depois de Cruzeiro 1×1 Grêmio, no Mineirão, nesta quarta-feira, em partida válida pela reta final do Brasileirão. Em tom ameaçador, reclamou com veemência dos jornalistas, lembrou que os repórteres também têm filhos nos colégios, sugeriu dar nomes e ventilou a possibilidade de não aparecer mais nas entrevistas.
Porém, momentos depois de sair da sala de coletiva e já ciente da repercussão, Renato, “em off”, isto é, fora do ar, procurou alguns membros da imprensa para se explicar. A eles, disse que não quis ameaçar ninguém e que não jogaria a torcida contra ninguém.
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“Técnico Renato Portaluppi entrou em contato com membros da imprensa para elucidar que não quis ameaçar nenhum jornalista e que não incitaria a torcida contra a imprensa”, relatou o repórter Bruno Abichéquer, da Rádio Gre-Nal, que participou da coletiva em Belo Horizonte.
Renato se explica
Já nesta quinta-feira, com a cabeça mais fria e sem o calor do jogo, Renato optou por publicar um longo texto no Instagram se explicando e garantindo não ter feito ameaças a ninguém – confira a íntegra completa da mensagem aqui.
“Não sou de fazer ameaças. Sou contra qualquer ato de violência e quem me conhece sabe muito bem disso. Então, vou tentar explicar o que eu quis dizer ontem. O que vemos cada vez mais no futebol é a total falta de respeito por parte, principalmente, de jornalistas identificados. O jogador tal é um lixo, não pode vestir a camisa desse ou daquele time. Esse jogador é uma m… esse treinador tem de ser demitido, entre muitas outras ofensas que são feitas todos os dias”, disse, em trecho da publicação.
Com o empate no Mineirão, o Grêmio foi para 41 pontos no 14° lugar, com três pts de vantagem sobre o Criciúma, que abre a zona do rebaixamento com 38. No domingo, o clube gaúcho espera ver a Arena cheia para a sua partida contra o São Paulo a partir das 16h.