Titular do Grêmio nas ainda recentes conquistas da Copa do Brasil e da Libertadores, o volante Ramiro voltou a falar do clube em entrevista ao jornalista Duda Garbi e deixou claro o desejo de um dia vestir novamente a camisa tricolor. Atualmente, ele, com 28 anos, se encontra emprestado pelo Corinthians ao Al-Wasl, dos Emirados Árabes, time comandado por Odair Hellmann. Na entrevista, o jogador ainda falou de Renato, Roger Machado e outros temas – confira:
Relação com Renato:
“Renato foi o cara que mais me deu confiança, mais me colocou pra jogar. Lembro de uma conversa quando ele assumiu em 2013. No primeiro jogo ele não me conhecia, mas eu joguei porque os volantes estavam machucados. No dia seguinte ele me chamou e falou: ‘Tu não precisa me mostrar mais nada, só quero que tu faça o que fez ontem’. Pra mim, um menino que veio da base, ouvindo isso do Renato, era tudo que eu precisava ouvir. A partir daí criamos a relação de confiança”
Roger Machado:
“Eu costumo dizer que foi o treinador que menos me botou pra jogar, mas foi o que eu mais aprendi tanto na parte técnica como na parte tática do futebol. É um cara que consome futebol 24 horas por dia e que agregou muito pra mim. Joguei pouco, mas agradeço muito ter aparecido na minha carreira porque me ensinou demais”
Copa do Brasil de 2016:
“Aquela Copa do Brasil teve momentos marcantes. Um deles foi o do Marcelo Grohe contra o Athletico. Ele falha no gol naquele jogo da Arena e vai muito triste pro vestiário. Ele já carregava um peso muito grande por ser da base, por já estar no clube. Nos disse no vestiário que, se a gente perdesse, a história dele no clube estaria acabada, que ele iria embora e não iria querer mais. A gente acalmou ele e conseguimos ganhar nos pênaltis com ele sendo herói”
Pênalti de Sergio Ramos no Mundial:
“Eu vou dizer sempre que foi pênalti. Uma bola em profundidade, e eu estou entrando no meu espaço. O Sergio Ramos vem na cobertura e pega só na minha perna. A bola quem pega sou eu. Sendo sincero, eu acho que foi pênalti, mas é um lance interpretativo”
Rebaixamento do Grêmio:
“Não queria que o Grêmio fosse rebaixado por todo o carinho pelo clube e vi aquele jogo contra o Corinthians de forma neutra. O Corinthians já estava confortável na tabela indo pra Libertadores e eu torcia pro Grêmio não cair. Por tudo que eu tenho ali dentro. Torci demais para não ser aquele final, mas aconteceu. Triste por tudo que aconteceu”
Voltar ao Grêmio:
“Fico feliz pelo carinho da torcida do Grêmio. É fruto de muito trabalho. Hoje tenho contrato com o Corinthians e respeito muito isso. Mas um dia eu tenho vontade de voltar ao Grêmio sim. Por tudo que construí no clube. Espero que em algum momento da carreira essas portas se abram novamente. Para quem sabe escrever mais um capítulo feliz nesse relacionamento entre Ramiro e Grêmio”