Ficou faltando apenas uma única vitória para que o Inter alcançasse o esperado título brasileiro da temporada de 2020, dando fim ao longo jejum de conquistas nacionais que, em relação ao Brasileirão, já dura desde o final da década de 70. A última chance foi na fatídica partida contra o Corinthians em fevereiro do ano passado, quando um polêmico lance é até hoje reclamado pelos colorados.
Moisés recebeu em profundidade na ponta esquerda e cruzou rasteiro para dentro da área, mas a bola teve seu percurso atrapalhado pelo braço de Ramiro, que tentou interceptar com carrinho. O árbitro Wilton Pereira Sampaio deu a penalidade na hora, mas, chamado pelo VAR, voltou atrás na decisão.
“Tocou na mão, isso é inegável. Mas até onde eu sabia naquele momento mão apoiada no chão não é pênalti. Foi isso que eu argumentei na época com o juiz. Dou o carrinho pra evitar o cruzamento e o jogador cruza errado, fazendo a bola bater na mão. O meu argumento era esse. Deveria existir uma linha e o critério para os outros lances. Não daria o pênalti. Eu conhecia a regra daquilo que tinham nos passado em palestras e explicações da CBF”, declarou Ramiro, hoje jogador do Al Wasl-EAU, em entrevista ao jornalista Duda Garbi.
Relembre o lance:
Na ocasião, o Inter precisaria apenas vencer se o Flamengo tropeçasse fora de casa no São Paulo. A ajuda no Morumbi veio com a derrota do rubro-negro por 2×1, mas o time colorado não saiu do 0x0 e ficou sem a cobiçada taça.
Aquela partida no Beira-Rio também foi a última do técnico Abel Braga no comando do Inter. Isto porque a nova direção da época, que iniciava a gestão sob comando do presidente Alessandro Barcellos, fez a opção de trocá-lo pelo ainda novato espanhol Miguel Ángel Ramírez, que não durou mais do que 100 dias no cargo.