
Estabilizado no Tigres, do México, já há várias temporadas, o volante Rafael Carioca, hoje com 36 anos, concedeu nova entrevista ao Charla Podcast e relembrou o começo da carreira vestindo as cores do Grêmio, tendo como treinador o experiente e até folclórico Celso Roth. O jogador é grato ao antigo técnico, mas admite ter passado poucas e boas em suas mãos.
“Celso Roth era demais. Ele me subiu no profissional e no primeiro dia já mandou: ‘E aí, vai mostrar para que veio ou não?’. E eu falei que precisava de 20 minutos pelo menos. Ele prometeu me dar. Aí teve um jogo do Gauchão e ele me botou. Joguei esses 20 minutos, ele gostou e não me tirou mais. Eu tinha 18 anos e ganhei confiança. Ficamos em 2° no Brasileirão daquele ano atrás do São Paulo. Fui indicado como um dos melhores volantes do Brasileirão e ali eu fui vendido”, contou Rafael.
No Brasil, Rafael Carioca também atuou no Vasco e no Atlético-MG, tendo sido vendido pelo Grêmio em 2009 para o Spartak Moscou, da Rússia. Nos últimos anos da gestão de Romildo Bolzan, o clube gaúcho tentou trazê-lo de volta, mas não houve acerto:
“No Grêmio, eu entendi que só jogar não dava. Os caras eram enormes. Fui me adaptando e depois ficou natural. Eu não era aquele tipo de volante de agressividade. Eu gostava de cortar caminho, roubar sem falta. O Roth me dava muito esporro, mas muito. Eu era meio maluco também. Uma vez perdemos para o Vitória e a gente brigando pelo título. Aí estou subindo no ônibus e invento de falar umas palavras em italiano no celular. O Celso sentado ouvindo”, lembrou Rafael, para depois terminar:
“No outro dia, apresentação, reunião com ele. Ele acabou com a minha vida. Me deu uma chamada… deu vontade de chorar. ‘Moleque, não chuta uma bola, quer falar italiano, tá achando o quê?’. Ele apelou de verdade. Nunca esqueci disso na minha vida e aquilo me ajudou muito. Ele também me ajudou muito”.
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