Desde já, o Grêmio se coloca em alerta e trabalha intensamente na defesa de Gustavo Quinteros para ter o treinador na beira de campo no segundo jogo da final do Gauchão, que será no outro final de semana, contra o Inter, no Beira-Rio. Pelos fatos envolvendo a semi contra o Juventude, o técnico vai ser julgado na próxima terça-feira e pode receber punição pesada.
Denunciado junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) pela expulsão no Estádio Alfredo Jaconi, Quinteros foi enquadrado nos artigos 258-B (invadir local destinado à equipe de arbitragem, ou o local da partida, prova ou equivalente, durante sua realização, inclusive no intervalo regulamentar) e 254-A (praticar agressão física durante a partida, prova ou equivalente). Pelo primeiro artigo, a pena vai de um a três jogos em caso de condenação. No segundo, de quatro a 12 partidas.
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“Estão agarrando meu braço, eu tento tirar, seguiram agarrando o braço e eu tentei tirar com mais força e acabei acertando ele. Nunca tive intenção de golpear. Falei com Ênio que não tive intenção. Vou falar com o árbitro. Não me sinto culpado, porque não tive intenção de nada”, argumentou Quinteros na coletiva pós-jogo.
Um dos agravantes que pesa contra o treinador é o fato do árbitro Anderson Daronco ter relatado, em súmula, que Quinteros deu um “soco” em Ênio no momento da confusão depois do gol de Gustavo Martins. Neste sábado, 17h45, na Arena, na ida da final contra o Inter, o Grêmio vai ser treinado pelo auxiliar Leandro Desábato.
Dirigentes do Grêmio e do Inter na mira
Por uma série de declarações fortes contra FGF e árbitros nas últimas semanas, o presidente Alberto Guerra, o vice de futebol Alexandre Rossato e o diretor de futebol Guto Peixoto também serão julgados. O trio responderá pelo artigo 243-F (ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto). Pela mesma razão, também correm risco de punição o vice de futebol do Inter José Olavo Bisol e o diretor técnico Andrés D’Alessandro.