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Pressão no Inter abre espaço para ex-dirigente assumir se Barcellos renunciar

Nos bastidores, um ex-dirigente aparece como nome de consenso para pacificar o clube em meio ao risco de rebaixamento

Sucessão

Com uma pressão gigantesca sobre a gestão e críticas de praticamente todos os lados, Alessandro Barcellos chega à última rodada do Brasileirão em seu momento mais delicado no comando do Inter. Ele foi reeleito para o triênio 2024–2026 e, em condições normais, ainda teria mais um ano inteiro de mandato pela frente. A combinação de risco elevado de rebaixamento, cobrança da torcida e movimentos internos no Conselho, porém, vem alimentando a possibilidade de renúncia antes do fim do ciclo.

Nas últimas horas, esse cenário passou a ser discutido publicamente por conselheiros e jornalistas ligados ao clube. Informações divulgadas por Fabiano Baldasso em seus conteúdos digitais e repercutidas por portais especializados apontam que Barcellos já cogita, de fato, deixar o cargo, muito por iniciativa própria e pelo desgaste na relação com o torcedor. A apuração foi detalhada em matéria do Zona Mista, que mostrou como o risco esportivo e o ambiente político turbulento transformaram a permanência do presidente em tema central no Beira-Rio.

Enquanto isso, o aspecto esportivo mantém o clube em estado de alerta máxima. Atual 18º colocado, com 41 pontos, o Inter chega à 38ª rodada precisando vencer o Red Bull Bragantino no Beira-Rio e ainda torcer por tropeços de Vitória, Fortaleza e Ceará, seus rivais diretos na luta contra o Z4. Projeções do Departamento de Matemática da UFMG e de veículos especializados colocam o Colorado com cerca de 77% de chance de queda para a Série B, índice que explodiu após a derrota para o São Paulo. O jogo de domingo, às 16h, é tratado internamente como “fatídico” justamente por poder definir não só o futuro esportivo, mas também o desfecho político da atual gestão.

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Giovanni Luigi volta ao radar político do Inter

Diante desse quadro, um nome passa a circular com força crescente nos bastidores como possível pacificador em caso de renúncia de Barcellos: Giovanni Luigi. O dirigente comandou o Inter entre 2011 e 2014, período em que teve como grande marca a condução do projeto de reforma do Beira-Rio para a Copa do Mundo, com assinatura de contrato com a Andrade Gutierrez e forte articulação no Conselho Deliberativo. Além da obra do estádio, Luigi integrou gestões vitoriosas em anos anteriores, o que reforça a imagem de dirigente identificado com um momento de protagonismo esportivo do clube.

Hoje, Giovanni Luigi segue como conselheiro colorado e mantém atuação nos debates internos. Publicações recentes de páginas ligadas ao Inter nas redes sociais já citam seu nome como possibilidade em um eventual processo de transição, justamente pelo histórico de articulação política e pela capacidade de diálogo com diferentes correntes. A ideia ventilada nos bastidores seria de uma aclamação no Conselho Deliberativo para que ele assuma a presidência em 2026, conduzindo um mandato-tampão até as próximas eleições gerais, marcadas para o fim do mesmo ano, quando os sócios voltariam às urnas.

Apesar de todo o barulho, é importante ressaltar que nada disso foi oficializado. Por ora, Barcellos continua no cargo, com mandato vigente até dezembro de 2026, embora agora caminhe para o Beira-Rio acompanhado de uma pressão inédita de conselheiros e de grande parte da torcida. As conversas sobre Luigi seguem no campo dos rumores e da construção política, sem confirmação pública de convite, aceitação ou articulação formal. O que há, neste momento, é a percepção de que o clube pode precisar de um “nome de consenso” para atravessar um eventual rebaixamento, reorganizar a casa e chegar às eleições em condições menos turbulentas.

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Até domingo, o foco oficial do Inter seguirá sendo o duelo contra o Bragantino e a tentativa de escapar da Série B dentro de campo. Nos corredores do Beira-Rio, porém, ninguém ignora que o resultado diante dos paulistas tende a acelerar decisões profundas sobre o futuro do clube. Se a combinação de placares decretar a queda, a tendência é de intensificação do movimento por mudança imediata na presidência, seja por renúncia espontânea, seja por pressão do Conselho. Nesse contexto, o nome de Giovanni Luigi já aparece nas conversas como possível peça-chave para uma transição de emergência, ainda que, por enquanto, tudo siga em tom de bastidor e expectativa.

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