Com as finanças literalmente no vermelho, vindo de um déficit aproximado de R$ 90 milhões em 2020, o Inter iniciou nesta semana algumas medidas mais enérgicas para conter gastos, como por exemplo a demissão de mais de 60 funcionários de diferentes áreas do clube.
Outras ações serão tomadas, mas, segundo o presidente Alessandro Barcellos, o clube não vai promover “corte de jogadores” e todas as saídas daqui para frente dependerão de times interessados:
“Não faremos cortes de jogadores. Isso não existe. Os atletas estão sob contrato, têm um vínculo com o clube. Se houver interesse de outras equipes, sentaremos para conversar e negociar. As rescisões que eram mais complicadas foram feitas (Zeca, Uendel, Natanael e Dudu)”, disse o mandatário à Rádio Gaúcha.
À mesma emissora, nos últimos dias, Barcellos admitiu a necessidade de vender jogadores para quitar contas básicas do clube como água e luz. Praxedes e Vinícius Tobias são os mais especulados no mercado.
“Temos um planejamento para a temporada inteira. Não temos pressa para desmontar ou remontar algo no grupo de jogadores, nesse momento. Não vamos fazer um leilão dos nossos atletas. Porém, existe a necessidade de arrecadarmos R$ 90 milhões nesta temporada para que possamos zerar o déficit de 2020. Não há como prever quem será negociado ou quem sairá, isso dependerá das propostas”, complementou.
PARA ENTENDER AS DIFICULDADES FINANCEIRAS DO INTER
– O clube registrou o maior déficit de sua história em 2020, cerca de R$ 90 milhões
– O planejamento orçamentário aprovado pelo Conselho Deliberativo prevê superávit de pouco mais de R$ 100 mil para 2021
– Para isso, o clube necessita vender jogadores. Mas diz que não tem nenhuma proposta oficial na mesa. Praxedes e Vinícius Tobias são os jogadores mais cobiçados no momento
– Nesta quarta, foram promovidas as demissões de cerca de 60 funcionários, entre eles Iarley e “Uh” Fabiano. Estas demissões devem gerar uma economia mensal de R$ 1,5 milhão
– Em relação aos jogadores que já saíram, casos de D’Alessandro, Musto, Uendel, Fernández, Matheus Jussa, entre outros, a economia na folha salarial foi de cerca de R$ 2 milhões
– Em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente Alessandro Barcellos admitiu a necessidade de vender jogador para ajudar em contas básicas como luz e água