Após a derrota do projeto das dêbentures no Conselho Deliberativo, em plano que era encarado pela atual gestão como principal alternativa de enfrentamento da dívida, o presidente Alessandro Barcellos falou em adotar “remédio amargo” no Inter e reconheceu a necessidade de vender jogadores. A fala chamou a atenção e até preocupou torcedores, que imaginaram uma possível debandada de atletas.
Mas agora, em contato com o jornalista Vagner Martins, da Rádio Gaúcha, Barcellos recuou em sua forte entrevista e garantiu que o Inter não vai “torrar” jogadores. Não há nenhuma chance, por exemplo, segundo ele, da saída de Rafael Borré.
“Não vamos torrar nossos jogadores. Agora é trabalhar! Não adianta ficarmos lamentando a não aprovação do projeto das debêntures. Temos que enfrentar essa realidade com uma ou duas vendas e ser criativo nas contratações”, afirmou o presidente colorado.
Qual havia sido a fala do presidente do Inter?
Logo na saída da sessão do Conselho Deliberativo na segunda, Barcellos aceitou conversar com a imprensa e disse as seguintes palavras sobre a derrota no projeto:
“Nós não vamos abrir mão de buscar o que nós perdemos neste ano em termos de orçamento, de déficit e de despesas, porque tudo foi muito alto. O nosso endividamento aumentará em 2025. É necessário enfrentar isso de outra forma. O remédio é mais amargo, não há mágica no futebol, ainda mais no momento de futebol competitivo que estamos vivendo. As medidas serão tomadas. Vamos buscar reduzir custos e vender atletas para que o clube sobreviva, para que contas sejam pagas. Foram mais de R$ 90 milhões gastos por conta da enchente. Vamos ter que tomar essas medidas até que a gente encontre alguma solução mais definitiva”, encerrou.