Após a conquista do título gaúcho neste domingo, em clássico contra o Grêmio, o presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, foi até a sala de imprensa para agradecer à delegação e à torcida pelo apoio. Durante as perguntas dos repórteres presentes, Barcellos também refletiu sobre as decisões do clube nos últimos anos e os aprendizados obtidos.
Questionado sobre as contratações de treinadores estrangeiros em anos anteriores, como Cacique Medina, Diego Aguirre, Miguel Ángel Ramírez e Eduardo Coudet, que tinham pouca experiência no futebol brasileiro, e se havia aprendido com seus erros, Barcellos reconheceu as lições aprendidas. “Acho que a gente aprende sempre, mas eu não atribuo a isso. Quero lembrar que estivemos muito perto de ganhar títulos em outros momentos de nossa gestão”, afirmou Barcellos.
O presidente também utilizou o técnico Roger Machado como exemplo de convicção por parte da diretoria. Ele recordou as críticas recebidas pela torcida no início da passagem de Roger, devido ao passado do treinador como ídolo do Grêmio, onde conquistou títulos, e pelo histórico dos 5×0 pelo Campeonato Brasileiro de 2015. Apesar da critica inicial, Roger conquistou a confiança dos colorados com o passar do tempo. “Quando o Roger chegou ao Internacional, enfrentou contestações. Eu lembro bem. Mas a diretoria manteve sua convicção, e isso foi essencial. Foi uma decisão acertada”, destacou Barcellos.
Barcellos também reforçou o papel da atual gestão em decisões importantes, como as contratações de André Mazzuco, Andrés D’Alessandro, Roger Machado e Paulo Paixão, além do trabalho realizado pela equipe de futebol. “Essa direção trouxe D’Alessandro, trouxe Roger, trouxe Mazzuco. Precisamos reconhecer os acertos, especialmente pelo resultado e pelo esforço coletivo”, ressaltou.
Barcellos também fez críticas, destacando a falta de reconhecimento pelos acertos de sua gestão. Para reforçar sua opinião, ele adaptou um ditado popular.
“Quando as coisas dão errado, dizem que a direção contratou mal ou tomou decisões equivocadas. Mas, quando dá certo, ninguém elogia, – a minha mãe dizia que ‘se ninguém gava o Zéca gava‘ quando o Zeca não gava, a gente gava – não foi a direção que trouxe o D’Alessandro? não foi a direção que trouxe o Roger? Precisamos reconhecer isso. Não tenho dúvidas de que foi um acerto, principalmente pelos resultados alcançados e pelo trabalho de todos”, enfatizou Barcellos.
Por fim, o presidente não poupou elogios a D’Alessandro, agora diretor do clube. “D’Alessandro tem uma capacidade fantástica de ler o ambiente e se relacionar. Ele cresceu muito nesse papel, mostrando equilíbrio entre razão e emoção, algo fundamental para o clube”, afirmou.