Mesmo reconhecendo a necessidade de vender jogadores e lamentando a não aprovação do projeto das debêntures, o presidente Alessandro Barcellos garantiu com veemência em entrevista ao jornalista Filipe Gamba que o Inter não está “quebrado ou falido”. Ele, porém, reconheceu os efeitos drásticos da enchente de maio no Rio Grande do Sul, com prejuízo de cerca de R$ 90 milhões.
Ao falar na enchente, Barcellos lembrou que ninguém da oposição do Inter ofereceu ajuda, nem mesmo uma mensagem em WhatsApp, na época mais acentuada das inundações. Para o mandatário, tratou-se de uma situação “sintomática” sobre o panorama atual da política colorada.
“O clube não está quebrado, não está falido. Pelo contrário. Pelo menos nos últimos 20 anos no Inter, não se teve três anos seguidos de superávit. E nós fizemos isso. Só que neste ano tivemos um evento extraordinário, que foram as enchentes. Ninguém da oposição ligou oferecendo algum apoio. Isso é muito sintomático”, ampliou.
Inter pagou dívidas
Mesmo garantindo que o Inter não está quebrado, Barcellos reconheceu que ao longo da sua gestão precisou pagar cerca de 175 milhões de reais apenas de dívidas antigas com atletas e clubes. Jô, Bruno Sabiá, Jorge Henrique, Dagoberto, Cuesta, Ceará, Gabiru, Nico López e Edenilson foram alguns dos jogadores que precisaram ser pagos por questões passadas.
Sobre a discussão com Roberto Melo na última reunião do Conselho Deliberativo, a que gerou a votação contra o projeto das debêntures, Barcellos reconheceu que ambos falaram a verdade. Na ocasião, Melo disse que Barcellos não ganhou nem Gauchão, enquanto o atual presidente disse ter pago Nico López e Edenilson, algo que a gestão anterior não fez.