“É uma tese, não uma pergunta”: presidente do Grêmio recebe desabafo em coletiva e responde

Alberto Guerra sabe da necessidade da retomada de vitórias o quanto antes.

Com termos como “time sem vontade” e pedidos de cobrança ao próprio time, um repórter identificado com o Grêmio desabafou e pressionou Alberto Guerra em sua coletiva de imprensa neste sábado, na Arena, logo depois da derrota de 2×0 para o Inter, no Gre-Nal 445, válido pela ida da final do Gauchão. O mandatário, ao responder, até iniciou cutucando o comunicador, alegando que recebeu uma “tese” e não uma pergunta.

A pergunta do repórter para o presidente do Grêmio:

Presidente, durante a semana, o Grêmio usou todos os seus meios possíveis para convocar o seu torcedor para estar na Arena hoje. E o torcedor veio. Foram 51 mil e 700 torcedores. E eles saem decepcionados pois viram o seu time ser envolvido pelo rival. E eu queria uma avaliação e uma manifestação do senhor. Porque uma das coisas que o torcedor tem batido é que o senhor não apareceu durante a semana, está aparecendo agora, depois de uma derrota, sendo que, durante a semana, se ouviu muito de influenciadores colorados, repórteres identificados e até mesmo dirigentes falarem que o Inter iria massacrar, que eram superiores e que o Grêmio, dentro das quatro linhas, não conseguiria jogar.

E hoje, dentro da Arena, infelizmente, e eu falo agora como torcedor, eu vi o meu rival comemorar muito como se tivesse ganho um título. E não me sinto animado para ver o meu time no Beira-Rio jogar, porque o que eu vi dentro de campo foi um time sem vontade. O senhor não acha que está faltando mais pressão nesse time? Talvez pegar o elenco do Grêmio e levar ao Museu do Clube e dizer: ‘Esse é o Grêmio campeão mundial, tri da Libertadores, cinco vezes da Copa do Brasil’. E não um Grêmio que faz um bom futebol contra Caxias, São Luiz, mas quando pega um Juventude, um Inter, times de Série A, sofrem muito.

A resposta de Alberto Guerra

É uma tese, não é uma pergunta, né? Primeiro, se tu não acredita, não vai ao Beira-Rio. Vou convocar quem acredita. É difícil, mas se não acredita, por favor, não vá. Não sei se tu estava aqui quando eu respondi antes. Nós optamos por não falar essa semana em nome da segurança do clássico. Eu não quis responder o presidente do Juventude nem do Inter em nome da segurança, o clima estava muito bélico. Nós entendemos, junto com policiais, imprensa, que me pediram para não falar nada. Eu concordei e comecei até a me comunicar nas redes, pedindo paz, pedindo para a torcida vir com calma. Eu gostaria que as coisas fossem decididas só no campo, como foi hoje. Infelizmente, nós não ganhamos.

Obviamente, está todo mundo frustrado. Eu também estou. Se vieram 51 mil pessoas, é porque todos acreditavam que o Grêmio poderia ter ganho mesmo com esse time, que agora está sendo criticado. Mas não aconteceu. Pelo jogo e pelas circunstâncias que já falamos. É um time em formação. E fica mais fácil analisar pelo resultado. Acho que sentimos o gol e isso não é bacana. Faz parte tomar gol, mas temos que reagir. Vamos seguir trabalhando. O grupo é bom, apesar de jovem. Precisamos de mais tempo de trabalho e a gente não pode nunca fazer terra arrasada. O Grêmio precisa de continuidade e esses são os jogadores que vão nos representar.

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