Em entrevista dada à Rádio Bandeirantes durante esta segunda-feira, o presidente gremista Romildo Bolzan Jr evitou entrar em troca de farpas públicas com o empresário Pablo Bueno, que responde pelos interesses do atacante Ferreira, de 22 anos, ainda com situação contratual indefinida.
Ele tem vínculo até a metade de 2021 e os valores oferecidos pelo Grêmio – cerca de R$ 30 mil com gatilhos de aumento para os anos seguintes – não agradam ao empresário. Assim, o tricolor afastou o jogador e sequer o inscreveu na Libertadores.
“Chamar de puxa-saco é juízo de valor, ele que se acerte com seus colegas (empresários). Esse assunto não tem tanto valor, o Grêmio vai tratar deste assunto sem fazer manifestação pública. O Grêmio vai tomar as atitudes que precisa tomar para resolver o tema”, garantiu Bolzan.
Situação de Ferreira tem rendido assunto no Grêmio – Foto: Lucas Uebel/GrêmioForte entrevista de Pablo Bueno
À Rádio Gre-Nal, pela manhã, Bueno pediu “justiça” no valor oferecido pelo clube:
“Estamos esperando. Só queremos tudo justo, combinado e assinado no papel. Eles estão acostumados com puxa-saco que depende deles. Eu não dependo. Eu não fico na mão deles”, avaliou.
O empresário também confirmou que o Grêmio recusou uma oferta do Athletico de cerca de R$ 5 milhões por 50% dos direitos.
“A gente quer 20% do passe. Isso é direito do jogador. Ele poderia pedir até 50%, mas está querendo só 20%. Ele que joga, tem direito. Acho que vai dar tudo certo. Só que eu sempre vou defender o guri, o que é justo pra ele. Eles estão acostumados com empresário puxa-saco. Eu não sou assim. Vou defender o guri. Esse pedido de R$ 100 mil é mentira. Pedimos muito menos. Falamos em R$50 mil. Pra pagar isso, acham que não valem. Mas negaram a proposta de venda. Não entendo mais nada”, concluiu.