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Presidente do Grêmio assume de olho na venda de naming rights da Arena

Odorico Roman toma posse para o triênio 2026–2028 e mira novas receitas com estádio e patrocinador máster

PROJETOS

Em solenidade realizada na Arena na noite desta segunda-feira, Odorico Roman tomou oficialmente posse como presidente do Grêmio para o triênio 2026–2028, sucedendo Alberto Guerra no comando do clube. A cerimônia ocorreu em sessão do Conselho Deliberativo e confirmou a nova direção, eleita em novembro com votação expressiva entre os associados gremistas.

Desde a campanha, Roman tem repetido que deseja um “clube sustentável”, capaz de equilibrar as contas, reduzir dívidas e, ao mesmo tempo, montar times competitivos para brigar por títulos nacionais. Entre as principais metas, aparece a expansão das receitas ligadas à Arena, considerada peça-chave na estratégia de recuperação financeira. O plano prevê aumento de sócios, melhora na exploração comercial do estádio e, principalmente, a venda dos naming rights até 2027.

Na posse, o novo presidente reforçou a importância da chegada do CEO Alex Leitão, executivo com passagem por Orlando City, Athletico-PR e projetos internacionais no Oriente Médio. Caberá a ele liderar as negociações comerciais mais robustas do clube, incluindo a transformação da Arena em ativo ainda mais rentável. A ideia é aproveitar o momento em que já existe proposta na mesa para batizar o estádio com o nome de uma empresa do setor de entretenimento ligada a uma grande ticketeira mundial.

Grêmio mira naming rights da Arena e novo patrocinador máster

No pacote de novas receitas, a venda dos naming rights é tratada como uma das prioridades da gestão. A negociação em discussão pode render cerca de R$ 12 milhões por ano ao clube, além de abrir linha de crédito próxima de R$ 100 milhões para reorganizar dívidas ligadas à própria Arena. A operação é vista internamente como passo decisivo para aliviar o fluxo de caixa sem precisar recorrer à venda acelerada de jogadores.

O movimento segue uma tendência já consolidada no futebol brasileiro. O Palmeiras mantém, desde 2015, a Allianz Parque, enquanto o Corinthians rebatizou o antigo Itaquerão como Neo Química Arena após acordo com o grupo Hypera Pharma. Em ambos os casos, os contratos de nomeação do estádio se tornaram parte relevante da receita anual dos clubes, reforçando o modelo que o Grêmio deseja adotar em Porto Alegre.

Paralelamente ao tema Arena, a nova direção também lida com a troca do patrocinador máster. Depois de atrasos em série, o Grêmio rescindiu o contrato com a casa de apostas Alfa Bet, que previa pagamento de cerca de R$ 50 milhões por ano e era o maior acordo da história do clube. Livre no mercado, o Tricolor já recebeu sondagens e estuda propostas de outras empresas do segmento, incluindo oferta na casa de R$ 53 milhões anuais, segundo o presidente que deixa o cargo Alberto Guerra.

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