Posição de Douglas Costa, time de infância e Jean Pyerre x Luan: Tiago Nunes revela planos para o Grêmio e atualiza outros temas

Técnico gremista atualizou uma série de assuntos em entrevista concedida nesta semana ao GZH

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Uma possível ideia para o posicionamento de Douglas Costa em campo, o passado como torcedor de arquibancada no futebol gaúcho e as comparações entre Jean Pyerre e Luan foram alguns temas que centralizaram a entrevista de Tiago Nunes, técnico do Grêmio, ao site GZH. As principais declarações, que constam logo abaixo, ainda trazem um planejamento específico de utilização do volante Maicon nesta temporada:

As primeiras conversas com Douglas Costa:

“Tive uma conversa muito superficial. Estou deixando ele à vontade para se adaptar com os companheiros para depois colher informações e alinharmos as expectativas. O Douglas Costa que a gente contratou não é o mesmo jogador que saiu do Grêmio. Agora ele está mais maduro, mas ainda tem entrega em alto nível e performance, além de ambição na carreira, como chegar à Seleção Brasileira e obter conquistas. Sobre a questão das lesões, não sabemos como foi, a rotina de treinamentos que teve lá na Europa, para saber porque aconteceram. Mas temos um departamento médico muito competente, que vai ter o máximo de cuidado para não termos ele apenas por um jogo, mas para a temporada toda”

Posição de Douglas Costa no time:

“O Douglas pode jogar em qualquer uma das posições do ataque. Tanto na direita, como na esquerda, como de camisa 9 ou por trás do nove. Ele tem repertório técnico, tático e maturidade. A gente vai ter que entender o que o momento vai nos pedir, quais serão as possibilidades estratégicas e onde a gente vai potencializar ainda mais o que ele tem. Se ele jogar de extrema, essa bola tem que chegar lá para ele ser este jogador de desequilíbrio. Se jogar como meio-campo ou segundo atacante, tem que se criar meios da bola chegar pelo eixo central ou pelas laterais, chegando nele com poder de definição vindo de trás. Temos que construir meios para potencializá-lo, mas o vejo com capacidade, pelo repertório, de jogar em qualquer uma das posições”

Douglas Costa já trabalha com o grupo no CT – Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Comparação de Jean Pyerre com Luan:

“Eles têm semelhanças, sim. São dois atletas fortes emocionalmente. Não são rápidos, por característica física, pela biotipia deles. São mais lentos, mas rodam bastante, fazem distâncias longas. Especificamente sobre o Jean, que conheci lá atrás, é um cara que continua tendo os atributos do passe longo, passe curto, da capacidade de girar em cima do marcador, a finalização próxima da área. É um organizador de jogo também. Um jogador com essa capacidade tem que tocar mais vezes na bola. Então, temos que criar meios para que ele possa ser mais efetivo e participar mais do jogo, não só na região de organização mas de finalização. E temos que entender quais atletas vão combinar com ele, porque o futebol de hoje não te permite que se tenha muitos jogadores de característica lenta. Tem que ter jogadores complementares para que eles possam render no mais alto nível”

Time de infância e lado torcedor:

“Eu costumo brincar com meus amigos que todo mundo já teve uma paixão de escola quando era criança, mas o amor de verdade vem com a maturidade. E eu, como profissional do futebol, aprendi a amar os clubes onde trabalhei. Então, isso não me incomoda, mas incomoda os meus familiares. Deveria ser algo rotineiro, porque todos que nasceram no Rio Grande do Sul são identificados com Grêmio ou Inter, ou já foram em algum momento. Eu sou identificado com a minha família, que é Tiago Nunes Futebol Clube. Sou identificado com o clube onde estou. Hoje eu estou no Grêmio e tenho investido todas as minhas energias aqui, porque é o clube que sustenta minha família e que me oportuniza grandes saltos. Enquanto eu estiver aqui, vou dar sangue para dar o melhor a este clube”

Planos para Maicon:

“O Maicon requer cuidados especiais, não só pela idade, mas pela constituição dele. É um cara que tem uma rotação dentro do campo, é um jogador de força para exercer sua posição. Então, ele vai alternar jogos em que vai começar como titular, outros que vai entrar no decorrer e vai ter jogos que ele não vai entrar. A gente vai avaliando no jogo a jogo, não só no contexto estratégico, mas nestas questões de conhecer melhor a parte física de cada jogador e como eles reagem à sequência”