De volta ao Grêmio para iniciar a sua segunda passagem pelo clube, já que a primeira aconteceu entre 2005 e 2007, Mano Menezes concedeu a coletiva de apresentação de forma serena, tranquila e sem querer alimentar qualquer tipo de polêmica. Ele, por exemplo, se recusou a tecer comentários sobre o trabalho feito pelo seu antecessor Gustavo Quinteros.
Para Mano Menezes, um dos aprendizados de sua longa carreira é nunca falar do passado, especialmente de colegas de profissão, até por não considerar um ato “ético”:
“O que eu aprendi ao longo da carreira é que não se fala para trás e não se analisa trabalho dos outros. Não é ético nem correto. E também aprendi que, no Brasil, o treinador precisa se adaptar às características dos jogadores que tem”, disse Mano, antes de acrescentar:
“Temos que criar a melhor ideia para fazer os nossos jogadores renderem. Eu não jogo da mesma maneira sempre, apesar das pessoas acharem. A minha primeira preocupação sempre é construir uma ideia de jogo com o grupo que tenho”.
Quinteros falou sobre a saída do Grêmio
Em recente entrevista concedida ao jornalista Diogo Rossi, Gustavo Quinteros falou pela primeira vez sobre a saída do Grêmio e mostrou uma certa mágoa da decisão tomada pelos dirigentes:
“Estou tranquilo, conquistamos 55% dos pontos no Grêmio, não é um mau início de temporada em uma equipe nova que estava se organizando com a chegada de jogadores durante a competição. Aqui no Brasil cortam rápido os processos. No Chile e na Argentina me aconteceu o mesmo nos primeiros três meses quando cheguei nos clubes e lá, sim, confiaram no projeto e terminei sendo campeão. Por isso que eu não me sinto mal, se equivocaram no Grêmio em me tirar tão cedo”, disse o treinador por mensagem ao jornalista.
Agora com Mano, o Grêmio segue a sua preparação na semana para enfrentar o Godoy Cruz, na Argentina, quinta-feira, em duelo marcado no horário das 19h. O jogo vale a liderança da chave na Sul-Americana.
