
Mesmo após o pedido de desculpas do próprio Ramón Díaz e da nota oficial do Inter garantindo que valoriza as mulheres, a declaração de cunho machista do treinador na coletiva do último sábado segue repercutindo bastante. Irritado com a arbitragem do empate de 2×2 com o Bahia, o treinador colorado chegou a dizer que “futebol é para homens, não para meninas”. Pelo menos dois jornalistas tiveram opiniões bem distintas: Thiago Asmar, o Pilhado, defendendo o técnico, e Milly Lacombe, criticando-o e até sugerindo a sua demissão.
A opinião de Pilhado sobre o caso de Ramón Díaz:
Ah, pronto. Já tô até vendo a lacração que não vai ser na declaração do Ramón Díaz. Que o Ramón disse que futebol é pra homem, não é pra meninas. Gente, ele, em momento nenhum, quis ofender ou quis hostilizar as mulheres. Ramón é um cara antigo. É um cara que tem o linguajar mais raizão, mais daquela galera mais velha, onde não tinha ainda toda essa polêmica em torno de alguns assuntos. Então, eu não vou aceitar rotularem o cara, eu não vou rotular o cara como alguém machista, como alguém que não respeita as mulheres. Não, não vou.
Porque eu sei que vai ter muita covardia com relação a isso. Vai ter muita lacração com relação a isso. E não foi o que ele quis dizer. O que ele quis dizer é que o time dele tem que ser firme, é que o time dele não pode ser frouxo, é que tem que ser um time de homem. Ele usou palavras que muito lacrador vai tentar distorcer para jogar o cara para os leões. Eu não vou jogar porque eu sou contra esse cancelamento seletivo de um bando de hipócritas na internet. Simples assim.
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A opinião de Milly Lacombe
A frase foi dita assim, sem rodeios, sem firula, sem intenção de esconder a violência do que estava sendo dito. Depois do empate com o Bahia no Beira-Rio o argentino achou que devia vomitar essas palavras. Fica claríssimo o recado. Meninas, mulheres: esse jogo não é para vocês. Mulheres coloradas: vazem. Vocês servem para comprar: ingressos, sócio-torcedor e produtos – e para nada além disso.
Mulheres que amam esse esporte: não as queremos. Vocês são desprezíveis. A classe de nossos colegas jornalistas estava ali na frente dele quando o treinador cometeu a misoginia. O que ela fez? Nada. Não teve gritaria, não teve indignação, ninguém se levantou e saiu.
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