Em entrevista concedida ao podcast “Sin Retoque” nesta semana, o atacante chileno Carlos Palacios, hoje jogador do Colo-Colo, deu as suas razões para não ter dado certo no Inter, em 2021, tendo sido uma das primeiras contratações da gestão do presidente Alessandro Barcellos no seu primeiro mandato. O jogador lembrou ter desembarcado no Brasil ainda muito jovem, em pleno período de pandemia, sem entender muita coisa:
“Foi difícil. Foi um passo gigante, uma mudança radical e significativa em todos os sentidos. Tanto de vida, de costumes. Financeiramente, foi uma mudança muito grande para mim. Então tudo foi difícil. No começo, especialmente porque era pandemia. Além disso, eu não entendia nada. No começo, tinham que traduzir tudo. Me sentia inútil. Explicavam as atividades de treino e eu não entendia nada. Chegava em casa e dizia: ‘Por que me precipitei tanto?’. Não queria treinar tanto, porque a cabeça não deixava”, disse Palacios, nesta entrevista, que foi recuperada pelo canal Vozes do Gigante.
“Me sentia cansado, não me sentia com forças e estava sozinho. Tinha nascido meu primeiro filho há pouco. Não podia aproveitar tempo com ele. Só o via crescer de longe. Houve a soma de várias circunstâncias que foram ocorrendo, que foram me ‘matando’ e depois não fui 100% profissional também”, acrescentou.
Palacios foi para o Vasco depois do Inter
Depois de se destacar no Unión Española, do Chile, onde foi apontado como uma das novas promessas do seu país, Palacios foi adquirido pelo Inter por cerca de US$ 3 milhões (R$ 16,5 milhões na cotação da época). Nunca chegou a ser titular colorado de forma absoluta e nitidamente sofreu com a falta de adaptação. Já o Vasco investiu US$ 1,5 milhões (cerca de R$ 8 milhões) para o ter o jogador no ano passado, mas não demorou a emprestá-lo ao Colo-Colo.
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