
Depois de perder por 2×0 para o América-MG, conhecendo a sua quarta derrota consecutiva pelo mesmo placar na temporada, o Inter desembarcou em Porto Alegre sob protesto de um grupo de cerca de 50 torcedores no Aeroporto Salgado Filho. Dois foram os alvos principais dos cânticos desta turma: o goleiro Keiller e o presidente do clube Alessandro Barcellos.
Keiller, que já não é de hoje que vem recebendo críticas, não conseguiu nem acertar o canto das duas cobranças de pênalti de Aloisio Boi Bandido, autor dos dois gols do Coelho na vitória pela ida das oitavas da Copa do Brasil. Barcellos, por sua vez, deu coletiva pós-jogo e cobrou reação:
“Tem de haver mudanças. De comportamento, da forma de encarar o clássico. Não é bom fazer avaliações de cabeça quente, mas tínhamos de aproveitar esse momento de indignação de todos para assumir um compromisso. Achamos por bem que essa reunião acontecesse agora. Para termos o compromisso de, no domingo, apresentarmos outra postura e outra condição. Se esse for o desejo de todos. Porque se não for, precisaríamos mudar outras questões. Acreditamos no trabalho e o futebol dá essas oportunidades, precisamos agarrar com as duas mãos para sair desse momento ruim”, declarou.
Assim que o ônibus do Inter saiu do aeroporto em direção ao CT, torcedores atiraram pedras e a polícia precisou agir com gás lacrimogêneo. Posteriormente, o clube soltou nota oficial repudiando a violência e informando que o zagueiro Nico Hernández e o preparador de goleiros Léo Martins foram atingidos por estilhaços de vidros quebrados. Necessitando reação, o Inter volta a jogar neste domingo, 18h30, fora, contra o Grêmio, pelo Brasileirão.
A nota oficial do Inter sobre o protesto:
“O Sport Club Internacional informa que o ônibus da delegação colorada que deixava o Aeroporto Salgado Filho foi atingido por pedras ao sair do local. Uma delas quebrou um dos vidros e os estilhaços atingiram o atleta Nico Hernández e o preparador de goleiros Leonardo Martins. Os profissionais foram atendidos e não tiveram ferimentos graves”, diz o clube.
“O Clube lamenta o incidente, ao mesmo tempo em que reforça que considera livre a manifestação de torcedores, dentro dos limites de ordem e civilidade. Repudiamos qualquer tipo de violência”, acrescenta o clube.
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