
Sincero como de costume, o ex-técnico gremista Luiz Felipe Scolari, o Felipão, mostrou muitas saudades ao Estádio Olímpico em nova entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi. O experiente profissional indicou que prefere a velha casa gremista do que a Arena, embora também tenha feito muitos elogios ao atual estádio do tricolor.
“Aquele ambiente de 87, quando fomos campeões, depois em 93 quando vim com o Dr Fábio Koff, depois em 2014 e em 2021 com o Romildo, mas sempre foram situações agradáveis. O Olímpico fazia a diferença. Treinei muitos times depois e quando vinha jogar no Olímpico era ‘ai meu Deus’, era difícil. A Arena é muito bonita, bem organizada, mas o Olímpico…”, declarou.
Felipão, especialmente nos anos 90, celebrou títulos importantes pelo Grêmio no Olímpico, como o Brasileirão de 1996. Neste ano, na final nacional contra a Portuguesa, ele conta ter utilizado o então jovem volante da base, Paulo Cesar Tinga, como o seu espião na função de gandula:
“Deixei o Tinga ao lado do Candinho no jogo contra a Portuguesa que nós ganhamos de 2×0. Ele era júnior e ficava ao lado do Candinho vendo o que o ele transmitia e depois passava para mim. Claro, final do Brasileirão de 1996. O Tinga foi nosso espião. Ele era gandula do jogo e ficava lá do lado. ‘Vai trocar fulano, vai trocar ciclano’. E nós ganhamos o campeonato”, contou Felipão.
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A última passagem de Felipão pelo Grêmio, no entanto, acabou não sendo de tanto sucesso como as anteriores. Ele foi um dos treinadores da campanha trágica do rebaixamento de 2021:
“Ali tiveram alguns dados e nós pegamos, fomos indo, fomos indo e quando chegou o jogo contra o Santos, que nós perdemos, tomei algumas decisões. E essas decisões não foram bem aceitas e eu saí. Achei melhor sair para evitar um choque muito grande. Imagina-se que poderia não ter acontecido, mas a gente não sabe e tem que seguir com a realidade: caímos”, lamentou.