“O que ele fazia com o Índio dava pena”, relembra Abel sobre início de Pato no Inter

Precisando de um outro atacante para a disputa do Mundial de Clubes em dezembro, já que perdeu Rafael Sobis após a conquista da Libertadores de 2006, Abel Braga não titubeou e lançou o jovem Alexandre Pato na equipe. Isso porque, antes, nos treinamentos, notava o tamanho do talento que a promessa já demonstrava.

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Grande comandante daquela era vitoriosa colorada, Abel recordou o surgimento de Pato em entrevista ao Globoesporte.com.

“Tanto era fenômeno que jogou o Mundial. Eu acompanhava muito os treinos da base. Ou quando acabava o meu, no campo ao lado, ou quando o deles começava mais cedo. Comecei a ver o moleque. Um dia, o Fernando Carvalho chegou e eu disse: “Vou puxar o moleque”. Ele respondeu: “Abel, não faz isso agora, por favor.”. Eu precisava começar a olhar, ele era diferente, e o Fernando pediu: “Então, quando você precisar que ele treine com o grupo, faça dentro do Beira-Rio e feche os portões. Ninguém entra”. Porque havia o impasse da renovação de contrato. E se ele entra num jogo e arrebenta? Aí que não renova mesmo”, comentou.

Índio, segundo Abel, era quem mais sofria nos treinamentos com toda a qualidade do garoto:

“Puxei para alguns treinos e o que ele fazia com o Índio dava pena. O Índio dava no meio dele e não achava. O moleque foi crescendo, uma ou duas vezes por semana conosco, e isso foram uns dois meses. Até que renovou e eu decidi botar para jogar contra o Palmeiras, no Palestra, pressão, para ver como era. Eu estava suspenso, fiquei na cabine. C…., o moleque jogou muito (risos). Fez um gol e deu duas assistências”, acrescentou.

Abel Braga lançou Pato em 2006 no Inter – Foto: Alexandre Lops/Inter

Alexandre Pato confirma palavras de Abel

Em live nesta semana com Fred, do Desimpedidos, o atacante deu a mesma “versão” de Abel sobre o seu crescimento no Beira-Rio.

“Eu cheguei ao Inter com 11 anos, saindo do Paraná. Eu me lembro que as coisas estavam ocorrendo bem, tanto no clube como na Seleção Brasileira de base. Percebi que tinha sim a chance de ir longe. No dia após algum jogo do profissional, os titulares descansavam e os reservas faziam um jogo-treino contra os juniores. E foi aí que o Abel (Braga) me viu e pediu que eu fosse treinar com a equipe dele. Ele falou que “jamais havia visto alguém bater de frente com o Índio”, sendo que o Índio era muito forte”, disse.

Pato deixou o Inter em agosto de 2007 em venda ao Milan. Atualmente, defende o São Paulo.

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