Ao participar do programa “Bola Nas Costas”, da Rádio Atlântida, nesta sexta-feira, o ex-vice de futebol do Grêmio, Denis Abrahão, fez revelações sobre a demissão do técnico Vagner Mancini – hoje no Goiás – logo no começo da temporada de 2022. Mesmo rebaixado no ano anterior, o treinador foi mantido no tricolor para 2022 e durou apenas algumas rodadas do Gauchão.
“O Vagner Mancini trabalhou durante 14 rodadas em 2021. Eu confesso para vocês que eu via um buraco no meio de campo do Grêmio. Eu sempre falava isso. Era só olhar com os olhos e não com o coração. Dito isso. Não fui eu que contratei o Vagner, quando eu cheguei, ele já estava contratado. Nós tínhamos uma amizade do tempo que ele jogou no clube. Um cara fino e gente boa”, disse Abrahão, antes de ampliar:
“Fizeram um contrato com ele de setembro de 2021 até dezembro de 2022. Eu não contratei nem renovei. Eu botei ele para rua na terceira rodada do Gauchão. Eu dizia que não abria mão de uma pré-temporada de 30 dias. Aí o Grêmio estava voando, mas no primeiro jogo do ano estava tomando um chocolate do São José. Depois do jogo do Juventude, eu falei: ‘Deu’. Não falei para ninguém”.
O papo final
Depois deste jogo contra o Juventude, Abrahão conta ter tido uma conversa decisiva com Vagner Mancini, que não gostou nada da notícia de sua saída. Em seguida, o clube contratou Roger Machado, hoje no Inter.
“O Romildo me liga perguntando o que achei do jogo. Eu disse que deu, que tinha decidido que iria demitir. Eu era vice de futebol, tinha carta branca ou eu faço o que eu quero ou eu estou fora. Continuo amigão do Romildo, mas decidi demitir o treinador. O Vagner chega e vou pra Arena. Falei: ‘Vagner, chega aí, não vai dar mais, acabou’. E ele: ‘Pô, mas de novo, nunca mais eu treino o Grêmio’. E eu digo: ‘Tomara'”, encerrou Abrahão.
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